O Estado de S. Paulo

Castello Branco é convidado para assumir Petrobrás

Ex-diretor do Banco Central e da Vale integrou equipe de Paulo Guedes durante a campanha

- Renata Agostini / RIO

O economista Roberto Castello Branco foi convidado para assumir o comando da Petrobrás, afirmou à repórter Renata Agostini uma fonte graduada da equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Ex-diretor do Banco Central e da Vale, Castello Branco fez parte do time de especialis­tas que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu durante a campanha para debater a formulação de propostas. É desejo do futuro governo que o atual presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, permaneça na administra­ção. Há conversas para que ele assuma o comando do Banco do Brasil. Caso essa negociação se confirme, o comando da Caixa poderia ficar com os economista­s Rubem Novaes ou Pedro Guimarães. Castello Branco é visto como homem de confiança de Guedes e seu nome já vinha sendo cogitado para o posto. Mas, como o trabalho de Monteiro à frente da Petrobrás era bem avaliado pelo futuro ministro da Economia, havia disposição para que ele permaneces­se no comando da petroleira. Monteiro mostrou-se, contudo, reticente em permanecer. Conforme relato feito à reportagem, Monteiro argumentou que o trabalho de reestrutur­ação financeira já havia sido feito e descreveu o desgaste a que se submeteu nos últimos anos como empecilho para sua confirmaçã­o.

O economista Roberto Castello Branco foi convidado para assumir o comando da Petrobrás, afirmou ao ‘Estado’ uma fonte graduada da equipe econômica de Jair Bolsonaro. Ex-diretor do Banco Central e da Vale, ele fazia parte do time de especialis­tas que Paulo Guedes reuniu durante a campanha para debater a formulação de propostas econômicas para o então presidenci­ável.

Era desejo do futuro governo que o atual presidente da petroleira estatal, Ivan Monteiro, permaneça na administra­ção. Há conversas para que ele assuma o comando do Banco do Brasil. Caso essa negociação se confirme, o comando da Caixa poderia ficar nas mãos dos economista­s de Rubem Novaes ou de Pedro Guimarães, explicou essa fonte, que tem conhecimen­to direto das tratativas.

Castello Branco é visto como homem de confiança de Guedes e seu nome já vinha sendo cogitado para o posto. Mas, como o trabalho de Monteiro à frente da Petrobrás era bem avaliado pelo futuro ministro da Economia, havia disposição para que ele permaneces­se no comando da petroleira. Monteiro mostrou-se, contudo, reticente

em permanecer por mais um período na estatal. De acordo com relato feito à reportagem, ele argumentou que o trabalho de reestrutur­ação financeira já havia sido feito na companhia e descreveu o desgaste a que se submeteu nos últimos anos como empecilho para sua confirmaçã­o.

Para Guedes, o desenho ideal é ter Castello Branco na Petrobrás e Monteiro, que fez carreira no Banco do Brasil, no comando da instituiçã­o financeira. Como Guedes, Castello Branco

tem formação na Universida­de de Chicago e já vinha contribuin­do com propostas para o programa do futuro governo na área de óleo e gás.

Caixa. Rubem Novaes, que foi diretor do BNDES e é professor da FGV, e Pedro Guimarães, sócio do banco Brasil Plural, estão ambos bem cotados para assumir o comando da Caixa nesse desenho. A atual secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, chegou a ser sondada para o cargo, mas não se mostrou entusiasma­da com a proposta. Paulo Guedes tem repetido aos mais próximos que quer auxiliares “com brilho nos olhos” e não apenas com currículo adequado para exercer as funções.

Novaes chegou a ser cogitado para o comando do BNDES, mas como as conversas com Joaquim Levy avançaram, ele deve ser realocado para outra área do governo. Com a confirmaçã­o dos nomes de Levy no comando do BNDES e Mansueto de Almeida na secretaria do Tesouro Nacional, a futura equipe econômica chefiada por Guedes vai tomando forma. Na área do atual Ministério do Planejamen­to, que será incorporad­o à pasta de Guedes, o atual ministro Esteves Colnago é bem cotado para seguir no posto, mas não há definição.

Ao seu time, Guedes tem dito que deseja enxugar o número de secretaria­s e também reestrutur­ar algumas áreas de seu futuro “superminis­tério”. Ele gostaria, por exemplo, de criar uma secretaria de “produtivid­ade e emprego”. Também já indicou que pretende convidar outros nomes do mercado para integrar a futura administra­ção, trazendo, até mesmo, empresário­s. Guedes já citou Salim Mattar, sócios da Localiza, a interlocut­ores como um “bom nome” para integrar seu superminis­tério.

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MARCOS DE PAULA/ESTADÃO-28/11/2009 Integrado. Na campanha, Castello Branco participou de debates sobre propostas econômicas

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