O Estado de S. Paulo

Mato Grosso e Rio são destaques na eleição de iniciantes

- A.M. e R.P. / D.B., C.S., C.L.,

O Estado com maior taxa de novatos foi o pouco populoso Mato Grosso, onde cinco dos oito eleitos (63%) para a Câmara dos Deputados não têm experiênci­a prévia em cargos obtidos pelo voto. O destaque, porém, é o segundo colocado na lista: o Rio de Janeiro. Terceiro maior colégio eleitoral do País e berço político de Jair Bolsonaro, o Rio terá 52% de parlamenta­res novatos.

O PSL foi quem melhor aproveitou o espaço aberto nas terras fluminense­s após o colapso das forças que dominaram o Estado nas últimas duas décadas. Elegeu 12 dos 46 deputados.

Mais votado para a Câmara, Hélio Lopes, conhecido como “Hélio Negão”, era “Hélio Bolsonaro” na urna – ele obteve 345,2 mil votos e foi o único a ter Bolsonaro como doador oficial da campanha. Dos R$ 78,7 mil que gastou, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, R$ 45 mil foram contribuiç­ão do então candidato a presidente.

Hélio, que tem aparecido atrás de Bolsonaro em quase todos os pronunciam­entos e entrevista­s do presidente eleito, chegou a concorrer a vereador pelo PSC em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 2016. Obteve menos de 500 votos e não se elegeu. “Você vai ser o meu cara no Parlamento”, disse Bolsonaro num vídeo compartilh­ado por Hélio após a vitória do presidenci­ável no segundo turno.

A unidade da Federação que mais elegeu veteranos, em termos proporcion­ais, foi a Paraíba. Lá, 11 dos 12 escolhidos para a Câmara já ocuparam algum cargo eletivo antes.

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