Nubank lança cartão de débito, mas saque vai custar R$ 6,50.
Companhia decidiu cobrar taxa para saques em caixas eletrônicos por operação; uso do cartão de débito para compras será gratuito
A fintech brasileira Nubank deu mais um passo para se tornar um banco tradicional – conforme havia antecipado a ‘Coluna do Broadcast’, anunciou um cartão de débito e a opção saque em caixas eletrônicos. O serviço, no entanto, estará disponível inicialmente a 10 mil clientes e deverá ser estendido a toda base de usuários da NuConta no primeiro semestre de 2019. A bandeira do novo cartão continuará a ser Mastercard.
As compras no débito não terão taxa. Já os saques poderão ser feitos em qualquer unidade da Rede 24 Horas, ao custo de R$ 6,50 cada. Segundo a companhia, o valor será repassado à Mastercard, bandeira por meio da qual a NuBank vai permitir as retiradas em caixas eletrônicos. A companhia admite que o preço é relativamente alto. “Nunca seremos supercompetitivos no mundo offline, do saque. Mas o dinheiro (físico) vai acabar”, diz Cristiana Junqueira, cofundadora do Nubank.
Quinta maior emissora de cartões de crédito do País, a Nubank espera ampliar sua base de clientes – e diz ter uma “fila” de espera para isso. Segundo David Véles, cofundador da empresa, a Nubank recusou 20 milhões de pedidos de cartão de crédito por dificuldades de comprovação de renda pelos clientes. Com o cartão de débito associado à NuConta, a companhia espera atrair aqueles que não obtiveram aprovação na modalidade crédito. Atualmente o serviço de “quase” conta corrente da empresa tem 2,5 milhões de clientes – a startup não revela quantas estão ativas.
Com os anúncios, a companhia atendeu a um antigo desejo de seus clientes. Os mais atentos já tinham notado que, no cartão lançado pela fintech em outubro, havia a função débito – embora ela não estivesse ativa. Os donos desses novos cartões serão os primeiros a poder realizar saques.
A Nubank diz que espera atrair dezenas de milhões de correntistas com as novas funcionalidades. Por enquanto, o foco da companhia continuará a ser os consumidores com necessidades
transacionais simples, como cartão de débito e saque. Apenas após a ampliação de sua base de clientes, a companhia diz que testará recursos voltados a investimentos, já a partir de 2019.