Tintos para os assados e doces para o panetone
Aves natalinas podem ser combinadas por tintos, mas que sejam leves. Pinot Noir é um vencedor sempre e, se a ideia é impressionar, escolha um exemplar nascido no berço dessa casta, a Borgonha. Sugiro o Domaine Masse Givry Le Creuzot 2014
(R$ 285 na Anima Vinum), que faz entender porque a Pinot alcançou tamanha celebridade: é complexo, com camadas de aromas que vão da fruta às especiarias, com toques florais. Mais baratinho e mais simples, mas com a mesma pegada de frescor éo Coteaux Bourguignone (R$ 89 na Casa Flora), um Pinot que leva uma “pitada” de Gamay: pura fruta, é excelente para um Natal com calor.
Agora, se você é do time que curte mais intensidade e pratos mais substanciosos, o francês de corpo médio Château Bauvallon AC Bordeaux 2015 (R$ 102,33 na Premium) vai fazer bonito, com aromas de fruta madura e especiarias, além de ter ótimo custo-benefício. Vale também levar à mesa o californiano Motto Cabernet Sauvignon 2014 (R$ 134 na Winebrands), para acompanhar um tender. É um fruitbomb, mas é agradabilíssimo, com uma doçura atraente e superestrutura
Licorosos
E como é Natal, uma festa em que as sobremesas têm tanto peso quanto os pratos salgados, não perca chance de abrir um belo vinho doce. Para fugir do comum, sugiro dois rótulos: o Mavrodaphne Cambas (R$ 93,73 na Mistral) um grego licoroso feito com as castas Mavrodaphne e Mavri Corithiaki que segue a lógica do Porto Tawny e vai bem com os doces com castanhas e frutas secas; e o Domaine Nigri Jurançon Pas de Deux 2015 (R$ 240 na Belle Cave), que é feito com Gros Manseng e Petit Manseng passificadas e é perfeito para doces com frutas ou queijos azuis.
Serviço
Fique esperto com a temperatura dos vinhos: ela pode matar ou salvar a bebida. Uma champanheira com gelo ajuda a manter a temperatura de espumantes, brancos e tintos leves. Os de sobremesa também devem ser bem frescos. E não pire nas taças. Um único modelo, grande, serve para todos.