A importância do tratamento contínuo para o controle da asma grave
Da população total com asma, estima-se que de 5% a 10%1,3 apresentem a forma grave da doença
Além de desencadear crises, o cigarro faz com que o organismo não responda adequadamente aos corticoides inalatórios usados no tratamento da asma, que afeta 15 milhões de pessoas no Brasil” Roberto Stirbulov, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
É imprescindível que o paciente continue com o tratamento quando acontece a remissão da doença para proporcionar mais qualidade de vida e evitar que o quadro se complique” Franco Martins, da Associação Brasileira de Asmáticos, ABRA
De acordo com estimativas atuais, a asma é uma doença que afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo3. No entanto, até 5% dos pacientes que sofrem do problema crônico têm dificuldade para alcançar o controle dos sintomas com as terapias existentes1,3. Para abordar o assunto, um dos mais importantes quando falamos em saúde respiratória, recebemos para um bate-papo os pneumologistas Roberto Stirbulov, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e Franco Martins, da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA). Os especialistas ressaltaram que, se a asma for bem cuidada, o indivíduo pode ter uma vida totalmente normal.
“A asma grave afeta cerca de 5%1,3 da população que tem a doença”, afirma Roberto Stirbulov. Vale lembrar que a asma grave é caracterizada por quadros de exacerbações frequentes, maior risco de visitas a emergências internações1, uso de altas doses diárias de corticoide, e ainda é responsável2,5 por mais de 50% do custo total dos investimentos em tratamento da doença no mundo.
Tratamento
A evolução no manejo da asma grave para o tratamento eficaz da doença passa pela chegada recente dos imunobiológicos, medicamentos com potencial para suprir uma necessidade até então não atendida. O uso desse tipo de terapia pode impactar positivamente na qualidade de vida do paciente5,6, diminuir o uso de corticoides orais e reduzir as visitas à emergência e as internações hospitalares causadas pelas exacerbações2,6. “É imprescindível que o paciente continue com o tratamento quando acontece a remissão da doença para proporcionar mais qualidade de vida e evitar que o quadro se complique”, explica Franco Martins, da ABRA.
Sobre a asma
Em geral, a asma costuma ser desencadeada por fatores como mofo, pó, pelos de animais, mudanças bruscas de temperatura, fatores emocionais, entre outros. “O fumo é outro item que aumenta muito as chances de o indivíduo passar mal, mesmo que seja de maneira passiva, ou seja, mesmo que ele apenas esteja em um local onde haja fumaça do cigarro de outras pessoas. E nesse caso há ainda mais um agravante, pois as inúmeras substâncias nocivas do tabaco fazem com que o organismo não responda adequadamente aos corticoie des inalatórios”, conta Stirbulov. Por todas essas razões, é imprescindível que os pacientes com asma recebam um acompanhamento médico constante, facilitando o diagnóstico preciso e fazendo o indivíduo ter uma maior adesão ao tratamento contí- nuo. “Além de desencadear crises, o cigarro faz com que o organismo não responda adequadamente aos corticoides inalatórios usados no tratamento da asma, que afeta 15 milhões de pessoas no Brasil”, explica Stirbulov.