Galiotte encerra conversas com a chinesa Blackstar
Presidente do clube diz que desistiu do negócio por ‘total falta de credibilidade’ da empresa
O Palmeiras encerrou as negociações com a Blackstar International, empresa que ofereceu um contrato de patrocínio ao clube no valor de R$ 1 bilhão por dez anos. O anúncio foi feito ontem pelo presidente Maurício Galiotte, que estava em Luque, no Paraguai, para o sorteio dos grupos da Copa Libertadores.
“O Palmeiras encerra qualquer tipo de diálogo por total falta de credibilidade. O Palmeiras foi buscar informações junto aos bancos. Acabamos de receber uma carta do HSBC dizendo que os documentos apresentados são falsos”, afirmou o presidente ao canal SporTV.
Galiotte mostrou aos seus pares a documentação enviada pelo HSBC declarando que a empresa não é cliente do banco, como ela havia declarado. Na proposta de patrocínio, a Blackstar incluiu uma suposta garantia bancária da instituição financeira mencionada. Documentos públicos apontam que a patrocinadora, com escritórios em Hong Kong e Londres, tem um capital social de R$ 5 mil.
Na última semana, o Estado noticiou que a negociação de patrocínio entre Palmeiras e Blackstar havia esfriado. A empresa ficou irritada com um email enviado pela diretoria do clube. No conteúdo, estavam exigências de documentação, perguntas sobre os interesses das atividades, detalhes sobre o pagamento e outras questões a serem respondidas com um dia de prazo. Segundo o diretor financeiro e representante da empresa, Rubnei Quicoli, o Palmeiras havia demonstrado interesse na primeira reunião realizada na terça-feira, porém, teve outra postura na quinta, ao enviar o e-mail com 19 questões sobre a idoneidade da empresa.
Crefisa. O presidente do Palmeiras afirmou ontem que agora pretende retomar as conversações com a Crefisa, atual patrocinadora. As negociações haviam sido paralisadas para que o clube ouvisse as propostas da nova interessada em patrocinar o Palmeiras. Parceira desde 2015, a Crefisa tinha acordo verbal firmado com Galiotte para prolongar o vínculo por mais três anos, subindo o aporte anual para R$ 80 milhões.
Histórico. A Blackstar é uma empresa do ramo de energia e bioenergia e pretende ingressar no mercado brasileiro. A proposta de patrocínio de R$ 1 bilhão para o ciclo de 2019 a 2029 chegou ao Palmeiras em novembro pelo então candidato da oposição à presidência, Genaro Marino Neto. O intuito da companhia era não inviabilizar a atuação da Crefisa, e conciliar espaços para ambas.