Google vai investir US$ 1 bi em sede em NY
Seguindo a Amazon e a Apple, empresa vai dobrar número de funcionários na cidade
O Google anunciou ontem que vai investir mais de US$ 1 bilhão para a construção de uma nova sede em Nova York. Localizada na região de Hudson Square, na sul da ilha de Manhattan, a nova sede terá 160 mil metros quadrados e poderá ajudar a gigante de buscas a dobrar seu número de funcionários na cidade nos próximos dez anos. Hoje, o Google já tem uma sede na metrópole americana, onde trabalham 7 mil pessoas.
A previsão do Google é de que as obras aconteçam nos próximos três anos e o prédio seja inaugurado em 2022. “Nosso investimento em Nova York é uma grande parte do nosso compromisso de crescer e investir em instalações, escritórios e empregos nos Estados Unidos”, disse Ruth Porat, diretora financeira da Alphabet, holding que controla o Google, ao anunciar o investimento. “Hoje, crescemos mais rápido fora da região de São Francisco do que dentro dela”, ressaltou ainda a executiva, fazendo referência à região do Vale do Silício.
Não é o primeiro investimento recente do Google em Nova York: em março, a empresa anunciou a compra do edifício do Chelsea Market, na zona oeste de Manhattan, por US$ 2,4 bilhões. O prédio, construído como uma fábrica de biscoitos da Nabisco, se tornou nos últimos anos um point de restaurantes, lojas de roupas de luxo e produtos naturais, em parte do processo de revitalização da região. O local já abrigava escritórios do Google anteriormente, mas a compra fez a empresa ganhar 111 mil metros quadrados na cidade. Com a nova sede de Hudson Square, a área total do Google em Nova York chegará a cerca de 300 mil metros quadrados.
A empresa não está sozinha em seu movimento de expansão: na semana passada, a Apple declarou que vai investir US$ 1 bilhão para abrir uma nova sede em Austin, no Texas, bem como gerar novos postos de trabalho em Seattle e na Califórnia.
Já a Amazon, após um longo processo que pareceu uma gincana envolvendo mais de 20 cidades americanas, decidiu em novembro abrir escritórios em Nova York e em Washington. Vai gerar mais de 25 mil empregos, no total.
Além da necessidade de crescimento, as empresas também respondem a uma demanda do governo Trump para gerarem mais empregos dentro dos Estados Unidos – nos últimos meses, elas têm sido criticadas pelo presidente americano por pagarem impostos e produzirem seus dispositivos fora do país – o que, na visão de Trump, prejudica a economia local.