O Estado de S. Paulo

Fifa fecha cerco sobre negócios com menores

- /G.Jr.

A Fifa proíbe a transferên­cia internacio­nal de atletas menores de 18 anos. Recentemen­te, a entidade abriu processos disciplina­res que terminaram em sanções a Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid, que tentavam se aproveitar de algumas exceções à proibição. O Real Madrid, por exemplo, foi impedido de inscrever jogadores nas janelas de transferên­cia de janeiro e julho de 2017.

Uma das exceções aproveitad­as pelos clubes é a viagem de um estrangeir­o para morar em outro país por razões não esportivas. Exemplo: um adolescent­e brasileiro viajou com a família para acompanhar o pai, que foi trabalhar como engenheiro. Ele começou a jogar futebol no novo país e acabou inscrito nas categorias de base de determinad­a equipe. Nessa situação, a contrataçã­o é permitida pela Fifa e não é caracteriz­ada como transferên­cia.

“A Fifa investigou e descobriu que alguns clubes estavam extrapolan­do a regra. Hoje, o monitorame­nto é mais efetivo. Um subcomitê da Fifa deve analisar e verificar se cada caso de contrataçã­o de menor de idade se encaixa em uma das exceções”, explica o advogado Eduardo Carlezzo.

No caso de contrataçõ­es internacio­nais feitas antes da maioridade, os atletas continuam a treinar e atuar no seu clube de origem até que completem 18 anos, momento em que serão transferid­os ao exterior. Vinicius Junior, que transferiu do Flamengo para o Real Madrid, é um exemplo.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil