O Estado de S. Paulo

Cauã Reymond fala da volta da novela ‘Cordel Encantado’

Escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid, trama retorna hoje à grade da Globo no ‘Vale a Pena Ver de Novo’

- Eliana Silva de Souza

De tempos em tempos, a Globo presenteia seu público com a reexibição de novelas que marcaram época. A partir desta segunda, 14, será a vez de Cordel Encantado entrar no ar, ocupando as tardes de segunda a sexta, no Vale a Pena Ver de Novo. Nesta primeira semana, dividirá o espaço com a última semana de Belíssima. Escrita pela dupla Thelma Guedes e Duca Rachid, a trama contou ainda com a direção de Amora Mautner e estreou em abril de 2011. Em conversa por telefone, em um curto momento entre uma gravação e outra da série Ilha de Ferro, o ator Cauã Reymond falou ao Estado sobre a importânci­a da novela para ele e para a dramaturgi­a em geral.

O ator, que viverá Dom Pedro I no cinema, em filme dirigido por Laís Bodanzky, conta que foi em Cordel Encantado que ele interpreto­u seu primeiro protagonis­ta. “O Jesuíno era um rapaz simples, que trabalhava na fazenda, mas ao longo da história vai descobrind­o que era, na verdade, o príncipe do cangaço, filho de Herculano, o rei do cangaço, interpreta­do pelo Domingos Montager”, explica.

Sucesso de público e crítica quando exibida, Cordel Encantado apresentou para o público um universo que misturava a literatura de cordel e o mundo da realeza, com príncipes e princesas. “Foi uma novela muito boa para todo mundo, para a Bianca Bin, para o Bruno Gagliasso”, diz Cauã, que faz questão de falar da importânci­a do elenco, com grandes nomes. “A gente tinha o Luiz Fernando Guimarães, Débora Bloch, Osmar Prado, Andréia Horta”, relembra o ator.

Por ter essa caracterís­tica especial de linguagem, Cauã explica como se deu a montagem dos personagen­s. “A gente fez a prosódia, com muita leitura, ensaios”, diz. Mas o ator, conforme vai lembrando da trajetória da novela, se recorda de momentos que o marcaram. “Foi muito importante entrar em contato com os animais. Eu tinha um cavalo que chamava de Relâmpago. Ele foi meu cavalo durante a novela inteira, eu aprendi a cuidar dele, selar, montar”, diz em tom emotivo. “Eu quase comprei ele depois da novela, só não comprei porque não tinha onde colocar”, afirma o rapaz rindo da lembrança, dizendo ter ficado apaixonado pelo animal.

Cauã se considera um cara de sorte por ter feito esse trabalho. “Tenho muito carinho pela novela, a abertura, a trilha sonora, a fotografia, é um dos projetos mais marcantes que já trabalhei”, conta ele, citando algumas cenas que o marcaram. “Eu lembro da cena em que encontrava o Domingos, foi muito forte a aproximaçã­o de pai e filho, mas teve outros momentos que acho muito bons, como a cena em que eu e Açucena (Bianca Bin) viramos rei e rainha.”

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História. Ator lembra dos colegas e encontros marcantes em cena

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