Colômbia pede a Cuba prisão de guerrilheiros
Após atentado que deixou 21 mortos em Bogotá, presidente colombiano exige extradição de líderes do ELN
O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu ontem que Cuba entregue os dez membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) que integram a delegação de paz em Havana. Duque revalidou os mandatos de prisão contra os guerrilheiros após o ataque terrorista em Bogotá, na quinta-feira, que deixou 21 mortos.
“Quero deixar claro e fazer um pedido respeitoso a esse governo (o de Cuba). O que foi apresentado esta semana não é uma diferença, não é a ruptura de nenhum diálogo, porque nós não tínhamos feito presença nessa mesa esperando que (os guerrilheiros) libertassem os sequestrados e cessassem os ataques terroristas”, disse Duque em resposta a um pronunciamento do chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
Na sexta-feira, o presidente colombiano anunciou que não haverá mais negociações de paz com o ELN, enquanto o grupo não libertar os 17 reféns que mantém e renuncie às ações violentas. “Todos os benefícios concedidos a eles (guerrilh\eiros) pelo Estado no passado foram suspensos e as circulares vermelhas da Interpol foram reativadas”, explicou Duque em mensagem em cadeia nacional.
Reação • “O atentado (em Bogotá) não foi uma simples diferença de opinião, mas um ato criminoso que viola os direitos humanos” Iván Duque PRESIDENTE DA COLÔMBIA
Ontem, durante um evento oficial no Departamento (Estado) do Tolima, o presidente criticou o pronunciamento da chancelaria cubana, que manteria em vigor os protocolos do diálogo de paz – o que, na prática, significa a intenção de não extraditar os guerrilheiros. Duque criticou o argumento cubano. “O atentado não foi uma simples diferença de opinião, mas um ato criminoso que viola os direitos humanos”, disse o colombiano./