O Estado de S. Paulo

Grandes empatam

Gol de Henrique nos acréscimos impede a derrota na estreia para o São Caetano; ataque é de novo o ponto fraco

- Dani Arruda

Palmeiras, de Borja, e Corinthian­s estreiam sem vitória no Paulista.

Começo de temporada, primeiro jogo oficial do ano, mas Fábio Carille já sabe que terá trabalho para fazer engrenar aquilo que chamou de “terço final” do time corintiano. O treinador se refere ao seu setor ofensivo, do meio-campo para frente.

Ontem, no empate por 1 a 1 com o São Caetano, na Arena Itaquera, o Corinthian­s voltou a apresentar o DNA do seu treinador: organizado, seguro na defesa, teve posse de bola superior a 70%, mas pecou (e muito) quando esteve próximo do gol adversário. Encontrou dificuldad­es para criar e, quando o fez, as finalizaçõ­es decepciona­ram.

“Estamos no caminho certo, não tem de cobrar. Precisamos pensar rápido, terminar melhor no terço final. Fazer a escolha melhor, um cruzamento melhor, uma finalizaçã­o melhor. É o próximo passo para trabalhar com os jogadores”, admitiu o treinador.

Dos oito atletas contratado­s, cinco deles estiveram em campo: Sornoza, Richard, Ramiro e André Luis começaram como titulares. Gustavo Silva entrou no segundo tempo. Michel Macedo ficou como opção no banco. No intervalo, o atacante Boselli e o zagueiro Manoel foram apresentad­os à torcida.

Com tantas mudanças, entre jogadores chegando e deixando o clube, o treinador admitiu que terá trabalho para “reconstrui­r” o Corinthian­s.

“Dá trabalho (reconstrui­r), mas é um dever nosso. Estou feliz de estar tendo ideias, principalm­ente defensivas. Ano passado o clube tomou muitos gols. Agora já temos uma organizaçã­o legal. Temos tudo para crescer. Eu, a comissão e a diretoria estamos satisfeito­s com o início de trabalho e a tendência é que cresça a cada jogo”, disse Fabio Carille.

Como previsto, o São Caetano deu campo ao Corinthian­s e esperou com duas linhas de quatro defensores, saindo apenas nos contra-ataques. Em um deles, Richard derrubou Capa dentro da área. Na cobrança do pênalti, Rafael Marques (ex-Palmeiras) acertou o ângulo direito de Cássio.

O empate veio apenas no último lance do jogo. Após cobrança de escanteio de Jadson, Henrique desviou para as redes.

“Foi apenas o primeiro jogo. Pegamos um time muito fechado. Não era o resultado que gostaríamo­s, mas estamos no caminho certo”, analisou o zagueiro Henrique.

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CELIO MESSIAS
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