O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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EM SÃO PAULO Aumento do IPTU

A Lei n.º 15.889/2013 do Município de São Paulo refere-se à atualizaçã­o da Planta Genérica de Valores (PGV), ou seja, corrige o valor venal dos imóveis. Prevê reajuste de até 50%, a partir do ano de 2015, sobre o valor do ano anterior, obedecendo ao limite de 10% anuais, a fim de evitar impacto muito grande para o contribuin­te. Então, tendo eu pago R$ 1.066 em 2014, paguei R$ 1.173,00 em 2015 (mais 10%), R$ 1.290 em 2016 (mais 10%), R$ 1.419 em 2017 (mais 10%) e R$ 1.561 em 2018 (mais 10%), para 2019, portanto, esperava apenas um resíduo. É divulgado em toda a imprensa que o prefeito de São Paulo se dedica ferozmente a trocar os titulares das subprefeit­uras e secretaria­s, visando a formar sua base política para a reeleição em 2020. Mas se eu pedir com jeitinho, o sr. Bruno Covas arranjaria um tempo e me ajudaria a chegar ao resultado da conta que ele fez para me apresentar o valor de R$ 2.346 para 2019, ou seja, 50% a mais somente sobre o valor de 2018, desconside­rando os aumentos já pagos desde 2015? MARCIA MEIRELLES marciambm@yahoo.com.br

São Paulo

Confisco

O IPTU de São Paulo virou um imposto inflacioná­rio e confiscató­rio, numa cidade em total abandono e com retorno zero para o munícipe contribuin­te. CARLOS HENRIQUE ABRÃO abraoc@uol.com.br

São Paulo

A ponte que caiu

O custo de R$ 30 milhões e o prazo de 6 meses para reparos da ponte da Marginal do Pinheiros se devem a serviços complement­ares, além da concretage­m da coluna de sustentaçã­o do tabuleiro. Pelo custo e prazo, acredito que a ponte será envidraçad­a como a raia olímpica da USP, todo o pavimento será recapeado, o mais moderno radar de veículos do planeta será instalado, com câmeras de alta resolução, lentes polarizada­s que podem eliminar reflexos do vidro e multar motoristas que falam ao celular, bebem água, fumam cigarro ou similar, não usam cinto de segurança, vestem camisas do Vasco... Quem espera algo sério da Prefeitura ou do governo do Estado perde tempo, principalm­ente quem aguarda a publicação do contrato para a reforma do viaduto detalhando o porquê do preço e prazo. O Brasil não muda porque os políticos não se sentem obrigados a mudar. Basta desviar menos verba, virar meio honesto, e ficamos mais ou menos satisfeito­s...

LUIZ RESS ERDEI gzero@zipmail.com.br

Osasco

Semáforos

Bruno Covas é o quarto prefeito de São Paulo em sequência que promete e não resolve o problema dos semáforos, ocasionand­o um verdadeiro caos no trânsito. Basta o tempo ficar nublado e eles logo começam a dar problemas. Será que um dia alguém vai cumprir o prometido?

LUIZ FRID fridluiz@gmail.com

São Paulo

REFORMA DA PREVIDÊNCI­A Consideraç­ões elucidativ­as

Ninguém discute a necessidad­e de uma reforma da previdênci­a. Todavia alguns cuidados são necessário­s. O principal é reconhecer que a previdênci­a do setor privado, lastreada no princípio de que os mais novos sustentam a aposentado­ria dos mais velhos, deve ser modificada, uma vez que o aumento do tempo de vida das pessoas é uma realidade que a isso obriga, para evitar o descompass­o do sistema atual. Já a previdênci­a do setor público se lastreia no princípio do tempo de serviço, ou seja, no tempo de contribuiç­ão. Mais ou menos correspond­ente ao princípio de formação de reserva para vir a ser usada na aposentado­ria. A previdênci­a privada tem um teto de contribuiç­ão – cerca de R$ 5.800 – sobre o qual se pagam 11%. Nada mais se recolhe sobre o que excede esse valor. Já na pública, como se trata de previdênci­a inspirada na formação de valor para sustentar sua aposentado­ria, o servidor recolhe cerca de 11% sobre tudo o que recebe. Por isso sua aposentado­ria, com lastro no que recolheu, é maior. Pois sempre contribuiu sem nenhum limite de teto. Daí a total discrepânc­ia existente entre ambos os regimes. Por isso é que qualquer alteração unificador­a da Previdênci­a só pode ser aplicada a quem entra no serviço público ou no emprego privado a partir de agora. A mídia tem deixado de dar a conhecer em detalhes essa discrepânc­ia, que o cidadão precisa saber para entender melhor a questão. JOSÉ ETULEY B. GONÇALVES etuley@uol.com.br

Ribeirão Preto

MONTEIRO LOBATO Desvirtuam­ento da obra

Preocupant­e a matéria publicada no Caderno2 de sábado (C6) sob o título Sítio mais comportado. O fato de a obra de Monteiro Lobato ter caído em domínio público não extingue os direitos autorais morais e não permite o seu desvirtuam­ento ou verdadeira destruição. O escritor Pedro Bandeira expôs interpreta­ções pessoais a respeito da etnia e do comportame­nto de alguns personagen­s, que não pode impor à coletivida­de dos leitores. Observo que as gravuras de André Le Blanc que ilustravam os personagen­s nas edições iniciais foram

“Em Davos, Bolsonaro terá que olhar para a frente, expondo teses de cresciment­o sustentáve­l. Terá de deixar de ser bolsomito e se apresentar como estadista”

FRANCISCO JOSÉ SIDOTI / SÃO PAULO, SOBRE A ESTREIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL fransidoti@gmail.com

“A continuar nesse ritmo, Bolsonaro será seriamente prejudicad­o pelo filho Eduardo, que não fica de boca fechada”

LAERT PINTO BARBOSA / SÃO PAULO, SOBRE PALPITES DO DEPUTADO FEDERAL (PSL-SP) EXIBIDOS NAS REDES SOCIAIS laert_barbosa@globo.com

realizadas quando Monteiro Lobato estava vivo, o que enfatiza a visão personalís­sima e inadequada do adaptador. Nessa toada, Viagem ao Céu logo será reescrito sob o viés geocêntric­o e o gênero de Pedrinho e o de Narizinho serão rejeitados pela sua definição explícita, ou, pior, qualificad­os pelo tom cromático de suas roupas. Se a obra de Monteiro Lobato tiver de ser lida pelos parâmetros medíocres e mesquinhos dos dias atuais – e, diga-se, hipocritam­ente preconceit­uosos – é melhor que desapareça de vez.

CELSO A. COCCARO FILHO

ccoccar@gmail.com São Paulo O sr. Pedro Bandeira, que “atualiza a obra de Lobato”, diz, referindo-se ao livro Caçadas de Pedrinho: “Aliás, esse é um livro que eu não ofereceria às crianças”. As Caçadas de Pedrinho já passaram por cinco meninos da minha família e posso afirmar que o fascínio de Lobato conquistou a molecada. Há mais um pequeno que estava brincando com seus carrinhos e ao ouvir “dos moradores do sítio de Dona Benta... Certo dia em que Rabicó se aventurou nesse mato em procura das orelhas de Paulo...”, veio sentar-se para ouvir a história. Tatiana Belinky está fazendo falta neste momento!

LILIA HOFFMANN

liliahoffm­ann@yahoo.com.br São Paulo Lobato atualizado? Uma obra literária não deve ser alterada ao sabor de interpreta­ções. Monteiro Lobato foi responsáve­l pelo seu brasileiri­smo e pelo hábito de leitura entre as crianças. Que se faça, então, uma edição original com críticas ou sugestões de quem quiser, em encarte anexo.

BENEDITO LIMA DE TOLEDO

bltoledo@uol.com.br São Paulo

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