Relator já votou a favor de pedido similar ao de Flávio
Oministro Marco Aurélio Mello, relator do processo do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), já votou a favor de um recurso que contestava o envio – sem autorização judicial – de informações do Coaf ao Ministério Público. Os demais integrantes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), porém, divergiram dele em dezembro de 2017 e não viram quebra de sigilo bancário na troca de informações Coaf-MP. Esse é um dos pontos levantados na reclamação do filho do presidente, que contesta a condução das investigações pelo MP fluminense ao obter dados do Coaf sem aval judicial.
» A caneta é minha. Procurado pela Coluna, Marco Aurélio disse que vai concentrar sua análise na competência ou não do Supremo para cuidar das investigações do caso Queiroz. “A matéria versada é outra”, afirmou, ao sinalizar que não decidirá a respeito do compartilhamento de informações pelo Coaf.
» Junto e misturado. A biografia de Bolsonaro, divulgada no site oficial da presidência, exalta os filhos do presidente. Eduardo é descrito como o deputado federal com “a maior votação do País...recorde para uma disputa à Câmara”. Sobre Flávio, diz que foi eleito senador pelo Rio.
» Retrovisor. A capacidade de negociação do governo Bolsonaro com o Congresso vai pesar mais na aprovação da reforma da Previdência do que os desdobramentos da crise envolvendo o filho do presidente, avalia um ex-ministro de Temer.
» Bê-a-bá. Esse ministro lembra que Temer foi envolvido diretamente em escândalos de corrupção, o que não o impediu de conduzir negociações bem sucedidas.
» O segredo. Temer recebia com frequência sua base aliada. Já Bolsonaro, nos primeiros 15 dias, reservou sua agenda para reuniões com dois filhos, ministros e oito parlamentares, sendo seis de primeiro mandato e do PSL, seu partido.
» #ficaTemer. Os organizadores do Fórum Econômico Mundial, que começa terça em Davos, enviaram e-mails convidando a imprensa para evento com Michel Temer, ao invés de Bolsonaro. Na última sexta, foi a vez do Planalto trocar Bolsonaro por Temer na agenda oficial da Presidência.
» Amarrados. Algumas alternativas em estudo pelo governo paulista para evitar que a GM deixe o País dependem de decisão do Confaz. O problema é que a primeira reunião dos secretários de fazenda estaduais em 2019 é só em abril.
» Nó. O presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, seu vice e cinco diretores estiveram segunda, 14, com o secretário de Fazenda de SP, Henrique Meirelles, em busca de alternativas para restaurar a lucratividade. As opções imediatas: renegociação com fornecedores, revendedores e funcionários. » Analógico. Sergio Moro ainda avalia se vai criar um perfil no Twitter. Dos 21 ministros, apenas oito estão fora da rede. A orientação para que usem o microblog como ferramenta de trabalho é de Bolsonaro.
» A postos. O vice Hamilton Mourão vai assumir a presidência novamente na próxima semana quando Bolsonaro for submetido à cirurgia e enquanto estiver na UTI. Bolsonaro retoma o posto quando for para o quarto do hospital.
COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA, TÂNIA MONTEIRO E MURILO RODRIGUES ALVES