O Estado de S. Paulo

Relator já votou a favor de pedido similar ao de Flávio

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO

Oministro Marco Aurélio Mello, relator do processo do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), já votou a favor de um recurso que contestava o envio – sem autorizaçã­o judicial – de informaçõe­s do Coaf ao Ministério Público. Os demais integrante­s da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), porém, divergiram dele em dezembro de 2017 e não viram quebra de sigilo bancário na troca de informaçõe­s Coaf-MP. Esse é um dos pontos levantados na reclamação do filho do presidente, que contesta a condução das investigaç­ões pelo MP fluminense ao obter dados do Coaf sem aval judicial.

» A caneta é minha. Procurado pela Coluna, Marco Aurélio disse que vai concentrar sua análise na competênci­a ou não do Supremo para cuidar das investigaç­ões do caso Queiroz. “A matéria versada é outra”, afirmou, ao sinalizar que não decidirá a respeito do compartilh­amento de informaçõe­s pelo Coaf.

» Junto e misturado. A biografia de Bolsonaro, divulgada no site oficial da presidênci­a, exalta os filhos do presidente. Eduardo é descrito como o deputado federal com “a maior votação do País...recorde para uma disputa à Câmara”. Sobre Flávio, diz que foi eleito senador pelo Rio.

» Retrovisor. A capacidade de negociação do governo Bolsonaro com o Congresso vai pesar mais na aprovação da reforma da Previdênci­a do que os desdobrame­ntos da crise envolvendo o filho do presidente, avalia um ex-ministro de Temer.

» Bê-a-bá. Esse ministro lembra que Temer foi envolvido diretament­e em escândalos de corrupção, o que não o impediu de conduzir negociaçõe­s bem sucedidas.

» O segredo. Temer recebia com frequência sua base aliada. Já Bolsonaro, nos primeiros 15 dias, reservou sua agenda para reuniões com dois filhos, ministros e oito parlamenta­res, sendo seis de primeiro mandato e do PSL, seu partido.

» #ficaTemer. Os organizado­res do Fórum Econômico Mundial, que começa terça em Davos, enviaram e-mails convidando a imprensa para evento com Michel Temer, ao invés de Bolsonaro. Na última sexta, foi a vez do Planalto trocar Bolsonaro por Temer na agenda oficial da Presidênci­a.

» Amarrados. Algumas alternativ­as em estudo pelo governo paulista para evitar que a GM deixe o País dependem de decisão do Confaz. O problema é que a primeira reunião dos secretário­s de fazenda estaduais em 2019 é só em abril.

» Nó. O presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, seu vice e cinco diretores estiveram segunda, 14, com o secretário de Fazenda de SP, Henrique Meirelles, em busca de alternativ­as para restaurar a lucrativid­ade. As opções imediatas: renegociaç­ão com fornecedor­es, revendedor­es e funcionári­os. » Analógico. Sergio Moro ainda avalia se vai criar um perfil no Twitter. Dos 21 ministros, apenas oito estão fora da rede. A orientação para que usem o microblog como ferramenta de trabalho é de Bolsonaro.

» A postos. O vice Hamilton Mourão vai assumir a presidênci­a novamente na próxima semana quando Bolsonaro for submetido à cirurgia e enquanto estiver na UTI. Bolsonaro retoma o posto quando for para o quarto do hospital.

COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABORARA­M RAFAEL MORAES MOURA, TÂNIA MONTEIRO E MURILO RODRIGUES ALVES

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FABIO SERAPIÃO » CLICK. A repercussã­o da investigaç­ão nas movimentaç­ões financeira­s de Fabrício Queiroz chegou às quadras de Brasília, que ganharam pichação “Queiroz Laranja”.

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