O Estado de S. Paulo

Briga em Campinas tem tiro e paulada

Confusão, antes do 1 a 1 entre Red Bull e Palmeiras, começou porque torcedores do Alviverde tentaram invadir a sede de organizada da Ponte Preta

- Ciro Campos

O Campeonato Paulista começou com violência fora de campo. Em Campinas, antes do Palmeiras empatar por 1 a 1 ontem com o Red Bull, torcedores entraram em confronto do lado de fora do Estádio Moisés Lucarelli. Duas pessoas foram feridas e levadas ao hospital. Outras duas foram presas.

A confusão envolveu a torcida de um time que não jogou ontem, a Ponte Preta. Membros de uma organizada do clube estavam sede da agremiação, próxima ao portão principal do estádio, e brigaram com palmeirens­es.

Segundo o capitão do 1.º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP), Raphael Ribeiro, o confronto começou por volta das 18h30. “Um grupo de torcedores do Palmeiras se juntou e tentou a invasão da sede da Torcida Jovem, da Ponte Preta. Nesse embate de torcedores, houve disparos de armas de fogo. Um torcedor que levou uma paulada perdeu a consciênci­a”, relatou. O capitão afirmou que os dois feridos não corriam risco de morte.

O palmeirens­e que recebeu a paulada, na cabeça, foi conduzido para dentro do estádio para não continuar a ser agredido e depois levado para o hospital municipal Mário Gatti. Outro palmeirens­e foi ferido com um tiro de arma de fogo na perna esquerda também foi atendido no hospital.

Depois da chegada da PM, o tumulto continuou do lado fora. Com bombas de efeito moral e balas de borracha, os policiais controlara­m a situação.

Igualdade. Apesar da briga do lado externo, o jogo foi tranquilo e até monótono dentro de campo. O Palmeiras demonstrou estar fora de ritmo e fez uma partida lenta. Depois de abrir o placar no primeiro tempo, com Borja, aos 13 minutos, a equipe sofreu o empate com Jobson, aos 34, e pouco criou para voltar à frente no placar.

Felipão fez duas mexidas no intervalo. Com Felipe Melo e Thiago Santos juntos, o time ficou lento e sem transição no meio-campo. Bruno Henrique entrou para corrigir esse problema. No ataque, o estreante Felipe Pires foi o substituto de Scarpa, para tentar dar ao time mais velocidade e chegada à linha de fundo. Logo depois, a torcia pediu a entrada de Deyverson, que foi a campo no lugar de Borja.

As substituiç­ões deixaram o Palmeiras mais presente no campo adversário, mas sem a intensidad­e do começo de jogo. O Red Bull também recuou e abandonou a postura incisiva do primeiro tempo, até porque o empate era um bom resultado. O gol da vitória quase veio nos acréscimos, em uma cabeçada de Deyverson.

“Infelizmen­te os três pontos não vieram. Agora é continuar trabalhand­o, pois quarta-feira tem mais. É normal não estarmos bem fisicament­e depois de 16 dias de treinos, contra uma equipe que está treinando há três meses”, disse depois do jogo o atacante Felipe Pires ao canal Premiere. O jogador foi o único dos seis reforços a ter estreado já neste primeiro jogo.

Felipão teve um problema depois da partida. Segundo a assessoria de imprensa do clube, o treinador estava com uma forte cólica intestinal e por isso precisou de interrompe­r a entrevista coletiva rapidament­e.

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LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19 Violência. Torcedor do Palmeiras é socorrido depois de levar um tiro na perna esquerda
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