O Estado de S. Paulo

Pesquisa aponta otimismo dos executivos no País

- DAVOS / R.K.

Executivos de empresas brasileira­s estão mais otimistas que a média dos colegas de outros países quanto à evolução dos negócios neste ano, segundo pesquisa da PwC apresentad­a em Davos. A expectativ­a de faturament­o maior que o de 2018 foi apontada por 43% dos consultado­s no Brasil. A média global dos otimistas ficou em 35%. Há um ano, 39% dos chefes de empresas brasileira­s diziam esperar cresciment­o da receita nos 12 meses seguintes. Uma parcela maior – de 48% – aposta em cresciment­o num prazo de três anos, mas na pesquisa anterior esse grupo representa­va 54% dos consultado­s. Os números divulgados ontem pela PwC são da 22.ª Pesquisa Global com CEOs, um trabalho renovado anualmente.

O Brasil aparece no relatório como 6.º país mais atraente para investimen­tos, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Reino Unido. Mas o resultado é menos positivo para a maior parte dos países, quando se consideram os diversos tipos de respostas. Em terceiro lugar, logo depois de EUA e China, aparece a resposta “não sei”. Em sexto, depois de Alemanha e Índia, surge a declaração “nenhum outro território”. Consideran­do-se “não sei” e “nenhum outro território”, o Brasil fica em 8.º lugar, mas à frente de duas grandes economias avançadas, França e Austrália.

O número das avaliações positivas ainda supera o das previsões de declínio, mas o aumento da inseguranç­a é claro e é confirmado pela maior disposição de investir nos próprios países. Tensões comerciais – centradas na disputa entre EUA e China – e incertezas geopolític­as aparecem com destaque na lista das preocupaçõ­es. Esse balanço coincide com as avaliações de entidades multilater­ais, como o FMI.

Executivos brasileiro­s citaram, entre suas principais preocupaçõ­es, risco de alta da carga tributária, excesso de regulação e incertezas políticas.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil