O Estado de S. Paulo

Estados se dividem; especialis­ta critica e fala em outras prioridade­s

- Renata Cafardo

Ainda há dúvidas sobre como será a adesão dos Estados e especialis­tas criticam o modelo. O Espírito Santo já adiantou que não deve aderir ao programa. “Não está no planejamen­to”, disse o secretário Vitor De Angelo. A rede pública local teve o melhor resultado do País em avaliações do governo federal no ano passado, tanto em Português quanto em Matemática no ensino médio.

Já o secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio, também disse que sua equipe ainda vai verificar se o projeto está alinhado com o que se prevê para o Estado – outro destaque nacional na área. Outras unidades da Federação já adotam o modelo: Amazonas, Minas, Bahia, Goiás e Brasília.

Para a presidente executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, é mais uma política que vai tirar recursos e tempo de gestão, em vez de investir em formação dos professore­s e adoção de tempo integral nos colégios. “A militariza­ção é a confissão deste governo da sua incapacida­de de formular e implementa­r políticas educaciona­is consagrada­s pelas experiênci­as nacionais e internacio­nais”, diz

Para Rafael Parente, secretário do Distrito Federal até agosto, por melhor que o modelo seja, não funcionará se for imposto. Em Brasília, houve sete adoções desde janeiro. “Algumas têm resultados favoráveis porque bem ou mal você acaba transforma­ndo aquele ambiente em mais seguro, nem que seja pelo medo dos militares.”

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