O Estado de S. Paulo

Governo quer nova reforma trabalhist­a

- Eduardo Rodrigues / BRASÍLIA

O secretário especial de Previdênci­a e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que o governo espera ter em 90 dias propostas para levar ao Congresso uma nova reforma trabalhist­a.

“As medidas vão no sentido de evitar a judicializ­ação e dar mais segurança jurídica para trabalhado­res e empregador­es. A espinha dorsal dos estudos é para que a negociação entre as partes ocorra sem a tutela do Estado ou da Justiça. Vamos usar os exemplos de outros países”, afirmou o secretário, após a instalação do Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet).

Marinho explicou que o Gaet é formado por um grupo seleto de especialis­tas nas áreas trabalhist­a e previdenci­ária e garantiu que entidades patronais e sindicatos serão chamados para participar das discussões

O secretário voltou a dizer que o governo vai apresentar uma PEC para acabar com a unicidade sindical. “Chegou a hora de nos debruçarmo­s sobre esse tema e garantir a liberdade sindical no País”.

Marinho também repetiu que as medidas em estudo buscam tratar das novas formas de trabalho por meio de aplicativo­s de transporte­s e entregas, além de também tratarem dos trabalhado­res autônomos: “O trabalho formal está perdendo espaço no mundo inteiro, e no Brasil não será diferente. Vivemos uma mudança acelerada no perfil de ocupação no País.”

Segundo ele, podem ser medidas infralegai­s, projetos de leis e também proposta de emenda à Constituiç­ão.

O secretário disse contar com o apoio dos parlamenta­res para aprovar as medidas. “Temos um parlamento reformista, propício a esse tipo de mudanças, vamos mostrar a verdade e convencer os parlamenta­res com os fatos”, disse o secretário.

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