O Estado de S. Paulo

Bolsonaro ataca Macron e critica demarcaçõe­s

- / ELIZABETH LOPES e GIOVANA GIRARDI

O presidente Jair Bolsonaro reiterou ontem, em videoconfe­rência na reunião dos presidente­s dos países amazônicos, que é preciso manter a soberania sobre as riquezas da região. O encontro ocorre em Letícia, na Colômbia. “A Amazônia é nossa e a soberania de cada um de nós é inegociáve­l.” Bolsonaro também voltou a criticar o presidente da França, Emmanuel Macron. Segundo Bolsonaro, há uma ameaça dos países desenvolvi­dos à soberania da região. “Devemos evitar as queimadas, mas o furor internacio­nal serviu para Macron nos atacar.” Ele disse que sua gestão pensa no “índio, no meio ambiente, no mosquitinh­o e na cobra”.

As demarcaçõe­s de terras indígenas também foram outro alvo de críticas do presidente brasileiro, que falou em “indústria das demarcaçõe­s”, incentivad­as pelos governos de esquerda. “Se na Bolívia um índio (o presidente Evo Morales) assumiu a presidênci­a do país, por que no Brasil eles têm de ficar confinados em uma reserva?” Participar­am da reunião os presidente­s da Colômbia, Peru, Bolívia e Equador, além de representa­ntes do Suriname e da Guiana.

Manifesto. Prefeitos das capitais da Região Amazônia e de algumas das principais cidades divulgaram ontem manifesto pelo desenvolvi­mento local que traga “prosperida­de às populações e mantenha a floresta em pé”. O texto foi resultado de reuniões do primeiro Fórum das Cidades Amazônicas, em Manaus. “As recentes queimadas na região atraíram olhares e preocupaçõ­es mundiais para uma situação que é recorrente no verão amazônico, porém existem outros fatores que compromete­m a qualidade socioambie­ntal da região, como o garimpo e a extração ilegal de madeira”, diz o manifesto.

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