Bolsonaro ataca Macron e critica demarcações
O presidente Jair Bolsonaro reiterou ontem, em videoconferência na reunião dos presidentes dos países amazônicos, que é preciso manter a soberania sobre as riquezas da região. O encontro ocorre em Letícia, na Colômbia. “A Amazônia é nossa e a soberania de cada um de nós é inegociável.” Bolsonaro também voltou a criticar o presidente da França, Emmanuel Macron. Segundo Bolsonaro, há uma ameaça dos países desenvolvidos à soberania da região. “Devemos evitar as queimadas, mas o furor internacional serviu para Macron nos atacar.” Ele disse que sua gestão pensa no “índio, no meio ambiente, no mosquitinho e na cobra”.
As demarcações de terras indígenas também foram outro alvo de críticas do presidente brasileiro, que falou em “indústria das demarcações”, incentivadas pelos governos de esquerda. “Se na Bolívia um índio (o presidente Evo Morales) assumiu a presidência do país, por que no Brasil eles têm de ficar confinados em uma reserva?” Participaram da reunião os presidentes da Colômbia, Peru, Bolívia e Equador, além de representantes do Suriname e da Guiana.
Manifesto. Prefeitos das capitais da Região Amazônia e de algumas das principais cidades divulgaram ontem manifesto pelo desenvolvimento local que traga “prosperidade às populações e mantenha a floresta em pé”. O texto foi resultado de reuniões do primeiro Fórum das Cidades Amazônicas, em Manaus. “As recentes queimadas na região atraíram olhares e preocupações mundiais para uma situação que é recorrente no verão amazônico, porém existem outros fatores que comprometem a qualidade socioambiental da região, como o garimpo e a extração ilegal de madeira”, diz o manifesto.