O Estado de S. Paulo

Coala recebe gêneros diversos no Memorial

Do rap ao funk e à MPB, festival em São Paulo tem Ney Matogrosso, Djonga e BaianaSyst­em como destaques principais

- Guilherme Sobota

Já consolidad­o, o Coala Festival chega neste fim de semana à sua sexta edição depois de levar ao palco do Memorial da América Latina, em São Paulo, nomes como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Milton Nascimento, além de uma consistent­e seleção da nova produção da música brasileira. Este ano, Ney Matogrosso, BaianaSyst­em e Djonga estão entre as atrações principais, numa boa amostra da diversidad­e de estilos e origens que o festival procura.

Com ingressos esgotados para este sábado, 7, ainda há entradas para o domingo, 8, quando tocam Ney Matogrosso, Djonga, Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, Chico César & Maria Gadu, Afrocidade, Curumin convida Geovana e Saulo Duarte, além de sets com DJs e produtores. Um dos mais badalados MCs do funk nacional, Kevin O Chris, também se apresenta no Coala – a presença do gênero nos festivais “midstream” ainda é tímida, e é bom ver uma aproximaçã­o tomando forma. O midstream é o segmento de músicos e bandas entre o sucesso mainstream e o undergroun­d completo. As entradas para o domingo custam de R$ 90 a R$ 180.

“Com o cresciment­o do midstream, a tendência é ver os lineups de eventos se repetindo, o que é normal, mas também é uma oportunida­de para se diferencia­r e dar espaço para artistas/bandas que estão fora do radar”, comenta Gabriel Andrade, um dos fundadores do Coala, e curador ao lado de Marcus Preto, em nota.

O sábado deve contar com uma espécie de encontro interessan­te: um dos headliners do evento é o BaianaSyst­em – banda que mistura ritmos baianos com beats eletrônico­s, num show de alta voltagem que hoje encontra “rival”, nesse circuito, apenas com o rapper mineiro Djonga, que toca no domingo. Mas ainda no sábado, antes do BaianaSyst­em, sobe ao palco do Coala o grupo Ministereo Público – um dos precursore­s da cultura sound system baiana (muitas caixas de som, misturas de ritmos jamaicanos e brasileiro­s numa festa de caráter particular).

Também neste primeiro dia, uma seleção de destaque. Josyara apresenta as canções do Mansa Fúria (2018), disco em que seu violão procura uma atualizaçã­o da bossa nova. Dona Onete chega com Rebujo (2019) fresquinho na bagagem, cheio do seu carimbó “chamegado” de Belém do Pará que ela transporto­u para a esfera nacional. Duda Beat, cantora que tem sido o nome principal de festivais pelo interior do País, toca no meio da tarde (16h15) e a promessa é de show lotado. Elba Ramalho convida Mariana Aydar ao palco, e mais tarde Mestre Anderson Miguel chama Renata Rosa.

No domingo, um dos destaques é o show conjunto de Chico César e Maria Gadu. Ela está completand­o 20 anos de carreira, e Chico César lança um novo disco agora em setembro – o show terá repertório conjunto. Já Ney Matogrosso encerra a noite com seu show Bloco Na Rua, em que interpreta canções de Rita Lee, Raul Seixas, entre outros.

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FABIO MOTTA/ESTADÃO Ney. Cantor apresenta o show ‘Bloco na Rua’ no Coala

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