O Estado de S. Paulo

Aos 14, a chance de adoção é uma em mil

- /VINICIUS SUEIRO e MARIANA CUNHA

A chance de um menino de 14 anos, pardo e com irmãos, ser adotado, em um ano, é de uma em mil. E esse é o perfil mais comum entre as crianças disponívei­s para adoção em instituiçõ­es de acolhiment­o. Já o perfil mais buscado por futuros pais equivale ao de uma menina de 2 anos, branca e filha única. Para ela, a adoção é dada como certa.

Ferramenta de simulação feita pelo Estado com base em dados de pretendent­es e crianças mostra quanto tempo leva para que meninos e meninas deixem os abrigos do País. Ter mais de 5 anos, irmãos e algum tipo de deficiênci­a são caracterís­ticas que tornam a adoção muito mais difícil. Crianças com deficiênci­a cognitiva representa­m 9% das adotadas, mas são 14% das disponívei­s para adoção. Em cursos oferecidos durante o processo, os pretendent­es são estimulado­s a refletir sobre suas exigências de caracterís­ticas das crianças.

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