O Estado de S. Paulo

Forças colombiana­s têm experiênci­a de 50 anos em combate

- Roberto Godoy

Amáquina de guerra da Venezuela talvez seja melhor, mais sofisticad­a. Mas a da Colômbia é maior – e é experiment­ada em combate de 50 anos contra movimentos de guerrilha. Liderados pelas Farc, os rebeldes chegaram a controlar 40% do território do país. A tropa bolivarian­a de Nicolás Maduro, cerca de 323 mil homens e mulheres, sofre os efeitos da crise econômica. O treinament­o está defasado e há um fluxo crescente de desertores.

Mas há o fator Moscou: técnicos militares russos enviados em dois grupos de 100 pessoas para revitaliza­r o melhor do equipament­o fornecido por Vladimir Putin desde 2005. Além dos impression­antes caças Su-30Mk2V, mísseis S-300 de longo alcance e outros sistemas menos determinan­tes, como os tanques T-72 com canhões de 125mm e helicópter­os Mi-17 artilhados.

Do outro lado da fronteira de 2.219 km, as forças colombiana­s empregam um arsenal diferente. Os caças são jatos israelense­s Kfir, dos anos 70 e 80. Modernizad­os. Dotados de avançados radares multimissã­o. Capazes de disparar o tipo ar-terra dos mísseis Nimrod. O Exército tem muitos blindados armados e dezenas de helicópter­os pesados Arpia III, americanos, armados com os mísseis Hellfire. No remoto risco de um confronto direto, a Colômbia também conta com o apoio militar dos EUA.

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