Polícia indicia Najila Trindade por extorsão e calúnia
Justiça. Após acusação de estupro da modelo contra Neymar ter sido arquivada, ela terá de responder pelos crimes
A Polícia Civil de São Paulo anunciou ontem o indiciamento da modelo Najila Trindade pelos crimes de denunciação caluniosa, fraude processual e extorsão no caso em que ela acusou o atacante Neymar, do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, de estupro. O ex-marido de Najila, Estivens Alves, foi denunciado por fraude processual e divulgação de conteúdo erótico.
O indiciamento dos dois foi decidido após a conclusão dos inquéritos relacionados à acusação de estupro. A investigação já havia sido arquivada no dia 8 de agosto pela juíza Ana Paula Gomes Galvão, da Vara da Região Sul 2 de Violência Doméstica Familiar. A delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6.ª Delegacia de Defesa da Mulher, de Santo Amaro, afirmou não ter encontrado provas para indiciar Neymar na investigação. A delegada informou que não poderia oferecer detalhes da decisão, pois o inquérito corre sob segredo de Justiça. A defesa de Najila tentou a reabertura do caso, mas o pedido foi negado.
Outras duas investigações estavam em curso a partir do suposto estupro. Uma delas, solicitada pela defesa de Neymar, alegou denunciação caluniosa e extorsão de Najila. O indiciamento da modelo ocorreu nessa peça de investigação. Denunciação caluniosa é um crime previsto no Código Penal que atinge a honra de outra pessoa, de maneira direta ou indireta. O outro inquérito foi aberto pelos delegados para apurar o desaparecimento de objetos eletrônicos da casa da modelo.
O ex-marido de Najila também foi indiciado por ter participado do caso, de acordo com a Polícia Civil, por conta da divulgação de conteúdo erótico da modelo para um repórter em troca de espaço na imprensa. Os inquéritos continuam sob segredo de Justiça e foram encaminhados ao Tribunal de Justiça para apreciação dos representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Em contato com a reportagem do Estado, Cosme Araújo, defensor de Najila, afirmou que ainda não teve conhecimento do relatório da delegada Monique Lima, do 11.º DP, responsável pelo indiciamento.