Ônibus de SP testam pagamento com cartão
A partir de segunda-feira, 12 linhas do projeto-piloto vão aceitar débito e crédito
Doze linhas de ônibus da cidade de São Paulo passarão a aceitar o pagamento da passagem por meio de cartão de crédito, débito ou pré-pago, a partir de segunda-feira. O novo serviço valerá apenas para os cartões físicos ou digitais com a tecnologia NFC (contactless), que funciona por aproximação e sem o uso de senha.
O anúncio foi feito ontem pela gestão Bruno Covas (PSDB) em coletiva de imprensa na Prefeitura. O projeto-piloto tem duração de três meses ou até atingir 500 mil transações.
NFC é uma tecnologia que libera o pagamento com o toque do cartão (ou a versão digitalizada dele em um smartphone, pulseira ou smartwatch) sobre um dispositivo habilitado. Esse tipo de conectividade é adotado por plataformas como o Google Pay e a Apple Pay, por exemplo, além de cartões físicos identificados com o símbolo de quatro ondas. Haverá um limite de dez pagamentos por dia por cartão.
Cerca de 200 ônibus estão atualizados para receber a nova forma de pagamento, que ocorrerá no mesmo dispositivo de validação do bilhete único. Segundo a Prefeitura, as 12 linhas do projeto-piloto fazem 2,9 milhões de viagens por mês e foram escolhidas por terem uma quantidade acima da média de embarques pagos com dinheiro. Na primeira fase, não será possível fazer integração.
A tecnologia já é utilizada no metrô do Rio e também no transporte municipal de Jundiaí, no interior paulista, dentre outras cidades. Na capital paulista, inicialmente serão aceitos os cartões Visa e Mastercard (nacionais e internacionais), enquanto está em processo a adesão da Elo.
O cartão será a terceira alternativa de pagamento de passagem na capital paulista, que também aceita dinheiro e bilhete único. No caso do bilhete único, aplicativos e outras tecnologias digitais já permitem a recarga com cartão de crédito.
Cobrador. Segundo Covas, a nova opção é voltada especialmente para turistas e passageiros que usam o transporte público eventualmente ou pagam em dinheiro. Ele reafirmou a posição de que o cargo de cobrador deve ser extinto do sistema – com a absorção dos atuais trabalhadores da função em outros cargos. “Não faz sentido.”