Nelma Kodama vira ré por falso testemunho
O juiz da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, recebeu denúncia contra a doleira Nelma Kodama por suposto falso testemunho, em 2015, na investigação que apura se policiais fabricaram dossiê com dados funcionais sigilosos e inverídicos sobre a Operação Lava Jato.
Em 15 de abril de 2015, Nelma teria feito o reconhecimento fotográfico do delegado de Polícia Federal Rivaldo Venâncio e afirmado que ele “constantemente frequentava o corredor em frente às celas de Alberto Youssef (cela 3), mantendo contato com o mesmo”.
Em depoimento, Venâncio afirmou que compareceu apenas uma vez ao presídio, em inspeção do Ministério Público Federal. Outras testemunhas corroboraram sua versão, como o responsável pela carceragem, Paulo Romildo Rossa Filho.
Segundo a denúncia, Nelma teria mentido, também, sobre a participação do escrivão Cleverson Ricardo Hartmann no suposto esquema para atrapalhar a Lava Jato. Questionada, Nelma ressaltou que “estava em um estado de nervosismo muito grande, sob grande pressão” e “não pretendia em nenhum momento denegrir a imagem profissional do escrivão”.
O advogado Adib Abdouni, que representa Nelma, afirmou que “não tem justa causa para se manter uma ação penal nesse sentido, porque na fase de inquérito existe a possibilidade da retratação e ela foi feita”.