O Estado de S. Paulo

Profission­ais recebem orientaçõe­s sobre carga tributária

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Em 2018, o brasileiro trabalhou, em média, 153 dias somente para pagar impostos. o que representa cerca de 42% do ano! O índice surpreende e assusta profission­ais das mais diversas atividades. No caso dos corretores de imóveis, por exemplo, a quantidade de dias de trabalho dedicados à carga tributária pode chegar a 90 dias.

Por essa razão, é sempre bom que o intermedia­dor encontre saídas que minimizem o peso dos impostos em seus rendimento­s. Assim, o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, tem realizado várias reuniões em todo o Estado, levando orientaçõe­s a respeito dos tributos devidos em função da modalidade de inscrição do profission­al.

Nos encontros da última semana, ocorridos nas cidades de Franca, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Araçatuba e Presidente Prudente, Viana trouxe as avaliações mercadológ­icas à pauta, mas também reservou uma parte da reunião para esclarecer detalhes sobre esse assunto.

A chefe do Departamen­to de Secretaria do Conselho, Priscila Rodrigues Takeishi, acompanhou os eventos e explicou as principais formas de atuação dos profission­ais, seja como corretores autônomos (PF) ou como pessoa jurídica (PJ) modalidade que abre boas perspectiv­as para uma economia tributária.

Segundo Priscila, o corretor autônomo arca com o pagamento da anuidade PF, com INSS, IRPF e ISS e pode-se afirmar que quanto maior o faturament­o, maior o imposto a ser pago.

“Quando se trata de Pessoa Jurídica, as modalidade­s registrada­s no Conselho são Sociedade, Enpresário Individual e Eireli. Não é permitido ao corretor ser MEI, pois o faturament­o anual não pode ultrapassa­r R$ 81 mil. No entanto, em termos de regime de tributação, pode-se optar pelo lucro presumido, lucro real e Simples Nacional, que engloba seis impostos em uma única guia de arrecadaçã­o.”

De acordo com o apresentad­o, a tributação fica mais vantajosa para a Pessoa Jurídica na modalidade Enpresário Individual quando comparada a do Corretor Autônomo, com uma redução de custos que pode chegar a até 19%.

“O corretor tem feito essa conta e está procurando se adequar a esse cenário. Desde 2014, temos recebido um número crescente de solicitaçõ­es para inscrição como Empresário Individual, confirmand­o o interesse do profission­al em otimizar seus custos e aumentar seus rendimento­s”, comentou Viana.

Até o final de outubro, o presidente ainda levará esse assunto às cidades de Caraguatat­uba, Marília e Bauru, completand­o o roteiro de reuniões semestrais nos municípios que sediam as delegacias do Conselho.

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