O Estado de S. Paulo

‘A regra não é clara; ela é subjetiva’

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Como o sr. vê o uso de tecnologia no futebol atualmente?

A tecnologia veio para tirar a dúvida se a bola entrou ou não entrou no gol. Mas resolveram aumentar suas atribuiçõe­s, com impediment­os e faltas. A tecnologia não é perfeita porque há o fator humano. O software ainda não tem capacidade de entender quando a bola é tocada. Quando ele parte para a interpreta­ção, é um desastre completo. Afinal, quem interpreta os lances? Apelidei o VAR de Chacrinha: ele confunde tudo. Imagino até que vão mudar a lei do impediment­o por causa do VAR: não vai ser mais a ponta do pé que determina o impediment­o, mas sim quando um corpo cobre o outro.

Arbitragem de futebol sem humanos. Pode isso, Arnaldo?

Não pode! O atacante não perde gols? O goleiro não toma frangos? Porque o árbitro humano não pode errar? A regra não é clara, ela é subjetiva. A máquina não vê as nuances. Como pode um jogo disputado por humanos ser apitado por inteligênc­ia artificial? Não aprovo. O VAR só deveria ser usado para saber se a bola entrou ou em lances escandalos­os, que até o sorveteiro na arquibanca­da viu.

• Existe algum avanço tecnológic­o, na sua opinião, que tenha valido a pena no futebol?

O uso da tecnologia para determinar se a bola entrou ou não no gol. Em Inglaterra e Alemanha, na Copa de 1966, teve uma bola que até hoje não sabe se entrou – só a tecnologia poderia dizer.

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