Ativo da Caixa traz IRB, CNP e BB na disputa
Afrancesa CNP Assurances, a resseguradora IRB Brasil Re e a BB Seguridade, do Banco do Brasil, estão entre os finalistas na disputa pela área de seguro habitacional da Caixa Econômica Federal. O ramo é tido como a joia da coroa pela liderança do banco no crédito imobiliário, com quase 70% de participação. São quatro candidatos em cada uma das oito linhas de negócios ofertadas ao mercado, além das três que a Caixa já acertou com a sócia CNP, que hoje detém exclusividade no balcão. Os selecionados têm até 11 de novembro para fazerem seus lances vinculantes, que servem de passaporte para arrematar o ativo. A seleção dos parceiros é essencial para o banco público seguir com os planos de listar sua operação de seguros na Bolsa no início de 2020, a primeira abertura de capital na história da instituição. » Batalha de gigantes. A briga pelo habitacional, atrelado aos financiamentos imobiliários, promete ser aquecida. A seu favor, a CNP tem a aproximação com a sócia Caixa após concluir um novo contrato de exclusividade de R$ 7 bilhões por 25 anos nos ramos de seguro de vida, previdência e prestamista (atrelado a linhas de crédito). Procurados, Caixa, CNP, BB Seguridade e IRB não se manifestaram. » Aqui e acolá. O verdadeiro ringue em que se transformou o setor de pagamentos no Brasil também tira o sono dessa indústria ao redor do globo. Este ano, as receitas do segmento devem crescer pouco mais de 5% no mundo em relação a 2018, para US$ 1,49 trilhão, após expansão de 11% em 2018 frente a 2017. A projeção é do Boston Consulting Group (BCG), que estima ainda que o setor de pagamentos manterá uma taxa composta anual de crescimento (CAGR, em inglês) de 5,9% ao ano até 2028. Ou seja, em nove anos as receitas desse mercado devem atingir perto de US$ 2,5 trilhões.
» Acima da média. Regionalmente, o maior crescimento do setor de pagamentos deve vir da Ásia, onde houve uma explosão com gigantes da tecnologia como Alibaba e Tencent, dona do WeChat, e cuja taxa anual de crescimento prevista é de 6,4% na próxima década. O levantamento não tem números específicos para o Brasil, mas a expectativa de expansão entre 2019 e 2028 para a América Latina é de 5,3% por ano. A rápida expansão de nomes como Stone e PagSeguro no Brasil pressiona as margens de titulares desse setor. No entanto, as perspectivas do mercado brasileiro são consideradas positivas por especialistas, à medida que os novatos abrem novos nichos para o setor.
» Olho vivo. O estudo da BCG nota que a rápida digitalização dos pagamentos e produtos criou um ambiente tumultuado no mundo e alerta as empresas dessa indústria para que acelerem a digitalização, ganhem escala e acessem potenciais mercados emergentes. Chama atenção ainda para maior foco em segmentos que serão críticos no futuro e onde tenham vantagens naturais, uma vez que os novos entrantes – o que inclui gigantes da tecnologia como Google, Apple e Facebook – têm ocupado espaço rapidamente nesse universo.
» Novo alvo. A onda de conta digital abraçará um novo público: os caminhoneiros. De olho em um setor com mais de dois milhões de profissionais no País, a Repom, marca da Edenred Brasil, acaba de lançar uma conta digital para esse segmento, com meta de alcançar um milhão de caminhoneiros. Por meio do aplicativo será possível realizar depósitos e compras em mais de 2 milhões de estabelecimentos, além de pagamentos de contas e transferências bancárias.
» Ímã. Para fisgar os caminhoneiros, a proposta da Repom é centralizar a gestão de recursos, como fretes e outras receitas em um único local. Um dos benefícios oferecidos é o acesso a uma rede própria de abastecimento da marca, com cinco mil postos e com preços de diesel negociados e consulta de valores praticados, por meio do aplicativo. » Mão no bolso. As grandes empresas da indústria farmacêutica terão de investir ao menos R$ 10 milhões em sistemas, equipamentos e pessoal para aderir ao novo marco regulatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de boas práticas de fabricação de medicamentos, conforme projeções do setor. O marco foi regulamentado no mês passado e abre espaço para que as empresas ampliem exportações de medicamentos, uma vez que permite ao País participar do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica, conhecido como PIC, em inglês. Um encontro sobre o novo marco está acontecendo nesta semana entre o setor produtivo, associações que representam as indústrias farmacêuticas e agentes das Vigilâncias Sanitárias em São Paulo, promovido pela Anvisa.