O Estado de S. Paulo

BATE-VOLTA

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Cuevas de Anzota

A apenas 10 km do centro de Arica, as Cuevas de Anzota são grandes falésias que foram esculpidas pela ação do mar e dos ventos por milhões de anos (o mar anzota, ou seja, açoita as rochas, daí o nome).

O caminho para visitação margeia paredes de pedra em tons de marrom, cinza e branco, que contrastam com o mar esmeralda. Algumas rochas foram batizadas pelas formas que aparecem em seu relevo: O Rosto do Avô, O Beijo do Cachorro, O Coração da América do Sul. Inscrições rupestres denunciam a passagem de povos primitivos. Dá para explorar cavernas, fazer trilhas com guias credenciad­os e, em alguns trechos sinalizado­s, até arriscar um rapel.

O local passou a ser administra­do apenas em 2016 e tem ingresso gratuito – mas não há muita estrutura para o visitante. Os únicos banheiros, na entrada, estão fechados; comida e bebida, só nos fins de semana de verão, quando food trucks param ali.

Caleta Camarones

Seguindo a partir de Arica por 1h40 (117 km) pela Ruta 5, chega-se à Caleta Camarones, aldeia de pescadores habitada no passado pelos chinchorro­s. Esses antepassad­os dos ariqueños viviam de pesca e coleta e, segundo eles, foram os primeiros a a mumificar seus mortos na humanidade – há totens na entrada da aldeia que representa­m um homem e uma mulher mumificado­s dentro do costume chinchorro.

O lugar é também um sítio arqueológi­co, com vestígios que vão de ossadas a restos de múmias. Mas, ao longo dos anos, grande parte desse material foi levada por pesquisado­res. Ao visitante, o que resta é o contato com os pescadores e suas tradições. Eles limpam de forma artesanal quilos de ouriços todos os dias.

A visita pode ser coroada com um almoço típico, servido nas casas dos próprios pescadores (combine ao chegar). A estrela é o chinchorra­zo, cozido que leva chorozapat­os (espécie de mexilhão gigante), peito de frango e linguiça. Pode haver também perol (escabeche de frutos do mar servido frio, como um ceviche), chicharrón de pulpo (pedaços de polvo fritos até a consistênc­ia de torresmo) e

pebre, o vinagrete chileno. Em média, 4 mil pesos (R$ 23).

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