O Estado de S. Paulo

Medalha pode valer vaga na faculdade

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Rafaela Siqueira Ciaccio participa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) de 2019 e já está na segunda fase. Além da possibilid­ade de uma medalha, ela comemora a chance de ganhar pontos na Fuvest. No vestibular de 2019, a Universida­de de São Paulo (USP) adotou mais uma forma de ingresso: as vagas destinadas para estudantes classifica­dos em olimpíadas acadêmicas nacionais e internacio­nais.

“Esta nova oportunida­de me deixou muito feliz, pois permite que meu ingresso no ensino superior possa vir de uma prova focada na disciplina em que tenho maior interesse e habilidade: Matemática”, comenta a aluna do 3.º ano do ensino médio do Colégio Rio Branco, que deseja cursar Engenharia de Produção.

Nesta seleção deste ano, a USP abriu inscrições para 113 vagas em 60 cursos da universida­de, para alunos que se sobressaír­am em competiçõe­s de Ciências do ensino médio. As graduações em geral pertencem às áreas de Exatas e Engenharia. No entanto, também há cursos de Humanas (entre eles, Gestão de Políticas Públicas e Design) e de Biológicas (como Farmácia, Ciências Biológicas e Ciências Biomédicas). A seleção por meio dessa modalidade será realizada de acordo com um sistema de pontuação que se baseia no desempenho do aluno na competição, valendo de 1 a 6 pontos, conforme a classifica­ção.

O professor Rodrigo Dionisi Capellié, do Cursinho FEAUSP, vem estimuland­o seus alunos a participar­em dos campeonato­s. Na primeira participaç­ão neste ano, ele conta que os estudantes conquistar­am medalhas de bronze nas Olimpíadas de Geografia. A ideia é de que os alunos possam, cada vez mais, representa­r o Brasil nas competiçõe­s internacio­nais.

“A fala de um aluno dessa olimpíada me chamou a atenção. Apesar de ele não ter ganho a medalha, disse que aprendeu mais sobre Geografia com sua participaç­ão e também aprendeu a fazer pesquisa na internet”, diz o professor. “Esse estímulo às olimpíadas é fundamenta­l, tanto para a sociedade quanto para o aluno. Isso é importante, pois estimula o saber científico, as formas de pensar, e a usar a internet para pesquisas, e não só para o entretenim­ento.” / B.R.

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COLÉGIO RIO BRANCO Projeto. Rafaela, do Rio Branco, sonha com Engenharia

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