País precisa decidir qual é a prioridade
Oensino médio é a última etapa da política de educação pública universal. Por isso, essa fase é tão desafiadora para o País. É nela que ainda podemos mudar o futuro dos jovens. O desafio é grande porque muitos alunos chegam a esse ciclo com um acúmulo de defasagens dos anos escolares anteriores e desinteressados porque a escola parou de dialogar com seus interesses.
O Brasil tem hoje um ensino médio estruturado para quatro horas diárias de atividades, mas um estudo do Banco Mundial cronometrou as aulas e descobriu que, em média, apenas duas horas são aproveitadas para, de fato, ensinar. Como conseguir um aprendizado adequado de um aluno que já arrasta deficiências em apenas duas horas?
Não existe mágica e é por isso que o ensino em tempo integral tem se destacado tanto, nas suas mais diversas experiências pelo País. Diversas pesquisas internacionais e as práticas dos países com os melhores resultados educacionais do mundo já mostraram que o ensino em período integral é exitoso.
O Brasil tem características bastante peculiares, mas esse estudo mostra que, para nós, essa modalidade também funciona. O ensino integral custa caro? Sim, mas precisamos decidir qual é a prioridade dos nossos investimentos em educação. Se é garantir o aprendizado dos nossos jovens, ele vale a pena e há diversas evidências de que funciona.