O Estado de S. Paulo

BB e UBS querem parceria já em 2020

Menos Estado. Ideia é instituir banco de investimen­tos e corretora para atuar em vários países da América Latina, sendo que BB-BI será fechado para redução de custos; entre temas em aberto estão a divisão de receitas e a estruturaç­ão da equipe, que virá d

- Aline Bronzati / BRASÍLIA

Depois de assinarem um memorando de entendimen­to esta semana, Banco do Brasil e UBS estão debruçados em concluir as conversas em torno da parceria na área de banco de investimen­tos ainda este ano. O objetivo dos futuros sócios é colocar a joint venture de pé em meados de 2020, consideran­do o prazo de análise por parte dos órgãos reguladore­s.

A tarefa não será fácil. Há diversos assuntos em discussão nas conversas que envolvem a alta cúpula do BB, incluindo o presidente Rubem Novaes, e os executivos do UBS no Brasil, como a presidente executiva Sylvia Coutinho, bem como alguns nomes do banco suíço nos Estados Unidos. Dentre os temas em aberto, estão a divisão de receitas e a estruturaç­ão da equipe, que deve incluir profission­ais novos e de mercado.

Por ora, a certeza é que o UBS será o acionista majoritári­o, com 50,01% do negócio a ser criado, em uma estratégia de ambos para evitar as temidas amarras estatais. A ideia é constituir um banco de investimen­to e uma corretora que atuará no segmento institucio­nal para atuação no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

Não está previsto aporte financeiro na joint venture, segundo uma fonte. O entendimen­to dos sócios, ao menos até aqui, é de que as estruturas são complement­ares, com o BB mais desenvolvi­do na renda fixa e mais clientes, e o UBS mais forte no segmento de ações, com histórico de fusões e aquisições e suporte de uma rede de distribuiç­ão no mercado externo.

Além disso, a joint venture com o UBS deve permitir ao BB extinguir mais uma estatal sob o seu guarda-chuva, o banco de investimen­to BB-BI. Será a segunda a ser encerrada na gestão atual – antes, a BBTUR, da área de turismo, teve o mesmo destino. Na gestão anterior, o modelo previa a permanênci­a do BBBI, que seria a área do banco na joint venture. A gestão atual, porém, prefere encerrá-la e reduzir custos.

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