Fórum dos Leitores
CORRUPÇÃO Fraude no BNDES
As perdas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a Odebrecht podem chegar a R$ 14,6 bilhões. Claro que não faltarão defensores da corrupção pondo a culpa na Lava Jato. Mas fica uma pergunta pertinente: o que acontecerá com os presidentes que colocaram na mão de apenas uma empresa tanto dinheiro? Porque, pelo jeito, a empreiteira não tinha lastro nem para ir à esquina, assim como outras, caso da OAS, das empresas de Eike Batista, etc., que aumentarão o bolo de devedores do banco de fomento. Precisamos urgentemente de leis que punam presidentes, governadores, prefeitos que causam prejuízos bilionários ao País. No mínimo, cadeia sem direito a progressivas. BEATRIZ CAMPOS beatriz.campos@uol.com.br
São Paulo
Patrimônio pessoal
O que mais revolta os cidadãos pagadores de impostos escorchantes é saber que o BNDES terá prejuízo que pode chegar a R$ 14,6 bilhões por causa de empréstimos fraudulentos em obras de infraestrutura no exterior, quesito tão carente em todo o nosso país. E ainda mais por se saber que os políticos e a empresa que tramaram e executaram o dilapidador desfalque nos cofres da propositalmente fragilizada instituição possuem patrimônio particular suficiente para bancar o criminoso prejuízo, mas que dificilmente será confiscado para essa finalidade. ABEL PIRES RODRIGUES abel@knn.com.br
Rio de Janeiro
Herança maldita
O prejuízo que a Odebrecht vai causar ao BNDES, de R$ 14,6 bilhões, deve ser debitado ao PT. Essa é apenas parte da grande herança que o partido deixou para os brasileiros.
EUGÊNIO JOSÉ ALATI eugenioalati13@gmail.com Campinas
Pacote desidratado
O pacote anticorrupção do ministro Sergio Moro está sendo desidratado antes de entrar em votação na Câmara dos Deputados. Mas ainda há a possibilidade de serem restaurados os pontos essenciais para que o combate à roubalheira de colarinhobranco, de políticos e empresários, seja eficaz. A prisão em segunda instância é um dos pontos fundamentais. Prática adotada na maioria dos países do Primeiro Mundo, precisa ser adotada também aqui, no Brasil. Caso contrário corremos o risco de continuar sob a égide da quadrilha que extorque e degrada a economia, a educação, a saúde e a segurança pública. Não podemos ficar sujeitos à velha política e à hegemonia de bandidos ocultos sob ternos de casimira inglesa e gravatas italianas. A votação do pacote de Moro está nas mãos dos deputados federais e do presidente da Câmara. Será um bom teste para sabermos se a Casa foi de fato renovada na última eleição.
MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI marionegrao.borgonovi@gmail.com Rio de Janeiro
Percepção e realidade
Não vejo grande diferença entre a nossa percepção e a realidade brasileira de corrupção no governo. A eventual diferença é que, no Brasil, o porcentual maior da corrupção se dá por atacado (grandes contratos de estatais, por exemplo), e não no varejo (propina para obter uma certidão). Além do mais, os acordos de cooperação entre instituições, como blindagem de um senador pelo Judiciário em troca da paralisação ou destruição da maior operação contra a corrupção já realizada no País, por exemplo, tornam a realidade pior do que a percepção.
CELSO FRANCISCO ÁLVARES LEITE celso@celsoleite.com.br Limeira
FINANÇAS PÚBLICAS Penduricalhos
Ao longo dos anos, o Legislativo brasileiro, aproveitando-se de sua condição de “senhor das leis” e com total conivência dos outros Poderes, que sempre praticaram o chamado “toma lá dá cá”, decidiu que os parlamentares seriam uma espécie de semideuses a quem deveriam ser dados todos os benefícios para representarem “com dignidade” o povo que os elegeu. Eles levaram isso tão a sério que, após décadas e décadas, nada mudou. Ou melhor, piorou. Os chamados penduricalhos prosperaram. Recentemente, dois dos mais conhecidos políticos brasileiros participaram de um programa de televisão. Evidentemente, nenhum deles estava em missão oficial. Mas a conta da viagem – avião, hospedagem, assessores, etc. – foi paga por nós, pobres cidadãos que mal conseguimos pagar as despesas básicas da nossa família. Até quando vamos aguentar isso? Até quando vamos continuar bancando esses cidadãos que não hesitam em jogar nas costas do povo suas despesas pessoais? Por que tenho de pagar essas contas? O que se está esperando para acabar com essas imoralidades? ELIAS SKAF eskaf@hotmail.com
São Paulo
Lenha na fogueira
Temos três Poderes que deveriam, em tese, ser independentes. Cabe ao Executivo gerenciar as contas. Receita versus des
pesa resulta em saldo positivo ou negativo. Se negativo, cessaria a responsabilidade de repasse aos demais Poderes, salvo os já comprometidos. Nem mesmo os deputados/senadores, ditos representantes do povo, poderiam solicitar verbas parlamentares para atendimento de obras, a menos que as contas públicas tivessem saldo positivo. Mas não, eles continuam sugando os recursos públicos, mesmo com o Orçamento da União há anos no vermelho. Na hora de votar orçamento impositivo, verba pública para campanhas políticas, reúnem-se na calada da noite, impedem o voto aberto e se apossam de recursos inexistentes. É esse o papel que cumpre ao Legislativo? E o Judiciário, pode ele continuar com obras suntuosas, sabendo da falta de recursos? Até quando o País resiste? A conferir. Mas a conferência pode ser tardia.
ABEL CABRAL
abelcabral@uol.com.br Campinas
Solução óbvia
O Brasil tem solução. E simples. Não é preciso criar nem aumentar impostos, basta reduzir as despesas para dispor de recursos a fim de amenizar os problemas e investir. A máquina pública nos três níveis (federal, estadual e municipal), cheia de gordura, a cada eleição engorda ainda mais. Daí por que pouco sobra para investir e resolver os inúmeros tormentos da Nação.
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES
hs-soares@uol.com.br Vila Velha (ES)
CRIME E CASTIGO Caso Richthofen
Suzane von Richthofen não foi “cúmplice” no crime que matou seus pais. Foi a autora intelectual, pura e simplesmente. JAMES ROBERT JERNIGAN jimmyjjernigan@gmail.com
São Paulo
“Todos os setores públicos berram: ‘No meu, não!’. E assim, como ninguém ali pensa no Brasil, somente no próprio bolso, é o povo que mais uma vez vai pagar a conta. Pobre País!” MILTON BULACH / CAMPINAS, SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA, PARA COBRIR OS GASTOS CRESCENTES NOS TRÊS PODERES mbulach@gmail.com
“A namorada de Lula criticou a Lava Jato: ‘Fraudaram a Justiça’. E o namorado dela fraudou o País durante vários anos!” ROBERT HALLER / SÃO PAULO, SOBRE O PRESIDIÁRIO CONDENADO POR CORRUPÇÃO EM DOIS PROCESSOS PENAIS robelisa1@terra.com.br