O Estado de S. Paulo

‘Friends’ e viagens O que aprendemos com as aventuras de Rachel e sua turma fora de NY

- ADRIANA MOREIRA

Costumo dizer que há um episódio de Friends para cada situação da vida real. Isso se aplica também às viagens feitas pelos seis amigos ao longo dos dez anos da série – que celebrou 25 anos de seu lançamento este mês. Como fã de carteirinh­a, listei aqui algumas lições deixadas pelos personagen­s quando se aventuram para fora de Nova York.

Em um fim de semana na praia (T03, E25 e T04, E01). A aventura dos seis amigos na praia é repleta de alertas. O primeiro: busque o máximo de referência­s sobre a hospedagem. Phoebe ficou feliz por ter conseguido a casa em Montauk emprestada, mas chegando lá descobre que uma enchente havia deixado a casa forrada de areia. Em vez de passar o fim de semana limpando o local, eles decidem deixar como está e fazer da casa uma extensão da praia.

A lição número 2 é avaliar o potencial de a viagem dar ruim com base em quem vai estar nela. Quando seu ex-namorado (Ross) vai com a nova namorada (Bonnie), pense se vale a pena passar um fim de semana inteiro vendo como eles estão apaixonado­s. Por outro lado, a ex (Rachel) do seu atual namorado estar na mesma viagem também não é um bom sinal. Ainda que as relações do seu grupo não sejam complexas como as dos personagen­s, pense que viajar junto deixa tudo mais intenso. Se tem uma pessoa da qual você não é lá muito fã, de duas, uma: ou vai perceber que ela tem mais qualidades do que você pensava ou ela será mais irritante do que nunca.

Checar o histórico da previsão do tempo (T09, E23 e T10, E01). Escolher a época certa para viajar é importante. Quando a turma vai a Barbados durante o congresso de paleontolo­gia de Ross, ninguém checa a previsão do tempo. Normalment­e, eventos desse tipo são realizados na baixa temporada, durante a época de chuvas e furacões (no Caribe, de junho a novembro), quando as diárias dos hotéis são mais baratas. A economia pode valer a pena, mas esteja consciente de que chover a semana toda é uma possibilid­ade.

O que se pode levar dos hotéis (T09, E19). Quando Ross e Chandler vão juntos à romântica Vermont, Ross ensina os limites (um pouco elásticos) do que se pode levar de um hotel. Em tese, tudo o que tem a marca do hotel é feito para ser uma lembrança: canetas, lápis, bloquinho (e até pantufas, em alguns casos), além dos amenities do banheiro. Repare: itens como cinzeiros e copos já não trazem a marca dos hotéis para não despertar o desejo de levá-los de souvenir. Muitos estabeleci­mentos já colocam no quarto o preço dos itens que não podem ser levados, como toalhas e roupões, para evitar mal-entendidos.

Entrar no mapa (T04, E23). Na viagem dos amigos a Londres para o casamento de Ross, Joey encontra uma maneira infalível de se localizar em uma era pré smartphone­s: entrar no mapa. Atualmente, o Google Mapas tem uma maneira de fazer quase a mesma coisa: o Live View. O app usa realidade aumentada para literalmen­te colocar o usuário dentro do mapa. Depois de ativar o recurso, basta apontar a câmera do celular para uma placa ou edifício para que a tela do celular inclua na paisagem as setas que indicam o caminho.

Curtir a viagem. Não importa o perrengue: os amigos sempre acabavam encontrand­o um jeito de se divertir. O que prova que, mais importante do que fazer a viagem perfeita é aproveitar as companhias, mesmo que isso implique abrir mão de eventuais planos. Quando Chandler implica com o comportame­nto de turista deslumbrad­o de Joey na viagem a Londres, é ele quem fica no quarto, entediado, enquanto Joey faz novas amizades. Que tal se importar menos com o que os outros pensam e garantir que a viagem renda boas memórias?

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