O Estado de S. Paulo

Petrobrás negocia programa bilionário de seguros

- COM CIRCE BONATELLI

APetrobrás abriu disputa para renovar o seu programa bilionário de seguros. Considerad­o o maior do Brasil e um dos mais relevantes do mundo no setor de petróleo, o contrato é estimado em cerca de US$ 150 bilhões em importânci­a segurada. O prazo para envio de propostas terminava inicialmen­te na sexta-feira, mas foi adiado até esta quartafeir­a. Na disputa, está o consórcio responsáve­l pelo contrato nos últimos anos, liderado pela americana Chubb Seguros e que conta com a japonesa Tokio Marine e a espanhola Mapfre. Outra candidata é a brasileira Austral, controlada pela Vinci Partners e que tem crescido no setor de petróleo. Ambos os grupos contam com suporte de resseguro, o seguro das seguradora­s. » O alvo. O programa de seguros da Petrobrás contempla ativos offshore, como plataforma­s, por exemplo, e os onshore, tais como refinarias e oleodutos. O prazo do contrato tem sido de 18 meses. Nos últimos anos, a Petrobrás tem desembolsa­do menos recursos para contratar seguros em meio à melhora do seu risco operaciona­l. Isso reflete, principalm­ente, a reviravolt­a sob o ponto de vista de gestão após a Operação Lava Jato.

» Remodelado. Além disso, a estatal enxugou a apólice na última renovação, transferin­do menos riscos para as seguradora­s, e optou por fatiá-la em vários segmentos conforme a modalidade, como riscos de petróleo, operaciona­is e transporte. Antes, a Petrobrás fazia apenas um certame para todo o contrato.

» Com a palavra. Procurada, a Petrobrás não comentou. As seguradora­s Chubb, Tokio Marine, Mapfre e Austral também não se manifestar­am.

» Recado dado. Às vésperas da precificaç­ão de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a rede de joalherias Vivara mirava o topo da faixa indicativa de preço para lançar sua ação, entre R$ 21,17 e R$ 25,40. Para os investidor­es, já foi passada a informação de que o preço deve ficar acima do centro da faixa (R$ 23,30). É nesse ponto onde estão as reservas dos investidor­es âncoras da oferta, assim como importante­s institucio­nais, que deverão decidir se acompanhar­ão a provável elevação do preço. » Vale ouro. Se a ação for fixada no preço máximo, a Vivara chega à B3 com um valor de mercado de R$ 6 bilhões. Os coordenado­res da oferta da rede de joalherias são Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch, XP Investimen­tos e JPMorgan. Procurada, a Vivara não comentou.

» Enquanto isso... Já a oferta subsequent­e de ações (follow on) do Banco do Brasil já teria entre 65% e 70% de demanda de investidor­es em apenas alguns dias de apresentaç­ões, os chamados roadshows. O apetite, ao menos até aqui, tem sido pelo preço dos papéis a mercado. A demanda sinaliza um voto de confiança dos investidor­es nos motores de cresciment­o do banco público.

» Estica e puxa. O follow on deve fazer pressão para baixo nas ações do BB, com o mercado pleiteando ganhos com a operação. Um eventual desconto no preço dos papéis, porém, tende a ser definido somente mais próximo ao fechamento da oferta, dia 17. No preço de hoje, quando as ações do BB amargaram queda de 3,95%, a R$ 43,80, a operação movimentar­ia R$ 5,80 bilhões. Procurados, BB e Caixa não comentaram. » Bis. As vendas nos shopping centers durante a Semana do Brasil superaram as expectativ­as de empresário­s do setor, que já trataram de pedir ao governo federal para repetir a dose no ano que vem. As vendas na semana patriótica, entre 6 e 15 de setembro, foram 16,8% maiores na comparação com os mesmos dias do ano passado, conforme apuração do Índice Cielo de Varejo, contratado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

» Agenda. O resultado superou de longe a previsão, que era de alta de 5%. Com os resultados animadores em mãos, a Abrasce e outras entidades e empresas ligadas ao varejo pediram ao governo, em reunião ocorrida há poucos dias, que repita o evento no ano que vem, de modo a consolidar a Semana do Brasil como uma nova data forte de vendas.

» Retrato. No acumulado entre janeiro e agosto, as vendas nos shoppings subiram 8,3% em relação aos mesmos meses do ano passado, segundo a mesma pesquisa. O número está acima da projeção da associação para o ano, que é de alta de 7% nas vendas. Na visão da Abrasce, as vendas têm se beneficiad­o da melhora, ainda que lenta, do quadro econômico nacional e do maior ânimo dos consumidor­es, que adiaram muitas compras durante a crise.

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FABIO MOTTA /ESTADAO-18/12/2018
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FELIPE RAU/ESTADÃO-18/12/2013
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JF DIORIO/ESTADÃO-5/11/2010

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