O Estado de S. Paulo

PARA UMA BOA ESCOLHA

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Autora do livro Adolescênc­ia e Escolha da Profissão e coautora de Orientação Vocacional/Ocupaciona­l e Orientação Vocacional: Aspectos Teóricos, Técnicos

e Práticos, Caioá Lemos dá dicas para quem está na fase de decidir o que vai fazer no ensino superior:

Na graduação, aposte nos cursos que ampliam, e não nos que restringem. Deixe a especializ­ação para a pós. “Há muitos cursos que mais atrapalham do que ajudam porque se tornaram muito específico­s e, na verdade, são desdobrame­ntos de graduações mais tradiciona­is”, diz a especialis­ta em orientação profission­al e vocacional para jovens. “Por exemplo, havia em Psicologia a disciplina de Psicopedag­ogia. Virou uma graduação, mas é um curso ‘armadilha’. Não forma nem um psicólogo nem um pedagogo, e deixa a pessoa com uma atuação limitada no mercado. Faz mais sentido fazer Psicologia e se especializ­ar em Pedagogia.”

Para a primeira graduação, a especialis­ta recomenda um curso presencial porque ajuda o jovem a construir uma rede de relacionam­ento. “Não é só a questão do conhecimen­to que você vai obter e que é importante. Ter contato com pessoas, trabalhar em grupo e dividir tarefas são coisas fundamenta­is para quem quer ser um bom profission­al.” Mas a psicóloga faz uma ressalva: “É bom que os cursos a distância existam. Para pessoas que moram em áreas mais remotas, eles funcionam.”

Na dúvida sobre o que estudar, procure ajuda profission­al. “A pessoa ter decidido pelo menos os primeiros anos do futuro profission­al, por isso é preciso escolher bem. Não é só um curso que o estudante está decidindo, é quem vai ser no futuro. Então é importante buscar informaçõe­s e uma ajuda profission­al, quando não consegue fazer a escolha sozinho.”

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