O Estado de S. Paulo

Santos faz 2 a 0 no Palmeiras e é vice-líder

Na Vila, equipe alvinegra impõe primeira derrota de Mano Menezes

- Guilherme Amaro

Time está a 5 pontos do Flamengo, que joga hoje. Em Salvador, o São Paulo empatou sem gols com o Bahia. Hoje, às 9h, o Brasil faz amistoso com Senegal. Será o 100.º jogo de Neymar pela seleção.

Com gols de Gustavo Henrique e Marinho antes dos 20 minutos do primeiro tempo, o Santos venceu o Palmeiras por 2 a 0 na noite de ontem, na Vila Belmiro, e trocou de lugar na tabela com o rival. As duas equipes somam 47 pontos, mas os alvinegros ocupam a segunda colocação por terem uma vitória a mais. São cinco pontos de diferença para o líder Flamengo, que joga hoje contra o Atlético-MG, no Maracanã.

Foi a terceira vitória consecutiv­a do Santos, que impôs a primeira derrota do Palmeiras sob o comando do técnico Mano Menezes. A equipe alviverde vinha de uma sequência de cinco triunfos e dois empates.

“A gente fez um grande trabalho, a equipe está de parabéns. Quando o grupo é forte, é nessa hora. Muita gente duvida, mas só a gente sabe. O grupo está trabalhand­o forte e agora volta à briga pelo campeonato”, disse o atacante Marinho. Já o zagueiro Gustavo Henrique, que abriu o placar, elogiou a postura do Santos no começo do jogo. “Conversamo­s muito para impor o nosso ritmo em casa, mesmo diante de um grande adversário.”

Do lado do Palmeiras, o volante Bruno Henrique lamentou o fato de sua equipe ter levado os gols cedo demais. “Levamos um gol de bola parada, depois outro em uma rápida troca de bola, em um rebote. É um clássico, depois ficou difícil de reverter.”

Em campo, o técnico Jorge Sampaoli surpreende­u na escalação do Santos. Na defesa, Pará assumiu o lugar de Victor Ferraz na lateral-direita e Jorge atuou pela esquerda, e não mais avançado, como vinha acontecend­o. No meio, a equipe não teve um volante mais marcador: Sánchez, Pituca e Jean Mota subiam ao ataque e ajudavam na pressão alvinegra.

Com mais volume de jogo, o Santos não demorou para abrir o placar. Aos 12, Sánchez cobrou falta pelo lado direito e Gustavo Henrique subiu sozinho para mandar de cabeça para o fundo da rede de Jailson. Falha de todo o sistema defensivo do Palmeiras.

Mesmo com o gol sofrido, a equipe alviverde não esboçou qualquer tipo de reação. Pelo contrário: quem comandava as ações da partida era o Santos, que ampliou aos 17. Pituca chutou, Jailson rebateu e Marinho aproveitou o rebote de primeira. A assistente chegou a marcar impediment­o do atacante, mas o gol foi validado pelo VAR.

O cenário não mudou até o final do primeiro tempo. Na segunda etapa, o Palmeiras voltou melhor e esboçou uma certa pressão. Embora ficasse mais tempo com a bola, a equipe não conseguia criar boas oportunida­des de gol. Everson apenas via o sistema defensivo santista conter os avanços do rival.

O que já estava difícil ficou ainda mais complicado aos 27 minutos. Willian deu um carrinho em Diego Pituca e, após o árbitro consultar o VAR, o atacante foi expulso.

A expulsão diminuiu o ritmo do clássico. O Santos passou a administra­r a partida, com gritos de olé da torcida na Vila Belmiro. O Palmeiras, por sua vez, parecia não ter forças para buscar a reação com um jogador a menos e perdeu a invencibil­idade com Mano Menezes e a segunda colocação para o rival.

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GUILHERME DIONíZIO/CÓDIGO19 Celebração. Jogadores do Santos comemoram com Marinho o segundo gol da equipe na vitória no clássico com o Palmeiras

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