O Estado de S. Paulo

GOVERNO BOLSONARO

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Pacto Federativo no Senado

Com o objetivo de reduzir custos e melhorar a eficiência do serviço público, depois da aprovação da reforma da Previdênci­a e do projeto de Liberdade Econômica, o ministro Paulo Guedes, na presença do presidente Jair Bolsonaro, entregou no Senado o importante projeto do Pacto Federativo. O último aprovado foi na gestão de FHC, com a Lei de Responsabi­lidade Fiscal. Neste se propõe contemplar o fim de municípios com até 5 mil habitantes sem capacidade de arrecadaçã­o para manter suas obrigações e, em momentos de crise financeira, a possibilid­ade de os governos federal, estaduais e municipais reduzirem a jornada e o salário de servidores. Propõe também dividir com Estados e municípios até R$ 500 bilhões do pré-sal em 15 anos. Desse plano, chamado Mais Brasil, faz parte a entrega à Câmara do projeto de reforma administra­tiva, que vai reestrutur­ar a carreira do funcionali­smo, com o fim da estabilida­de para novos servidores. E ainda outro projeto com medidas de estímulo à criação de empregos. Todos esses ousados e necessário­s projetos vão exigir dois terços de votos para aprovação no Congresso. Não esquecendo que o Parlamento está debruçado sobre a reforma tributária. Embora um pouco atrasado, o governo finalmente apresenta um ambicioso pacote de medidas essenciais para o País. PAULO PANOSSIAN paulopanos­sian@hotmail.com

São Carlos

Plano de economia

O plano de reformas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que busca mudar a lógica de ganhos públicos, é, no meu entender, tão ou talvez até mais importante que a da Previdênci­a.

ANGELO TONELLI angelotone­lli@yahoo.com.br São Paulo

Recursos descentral­izados

Entre os tópicos apresentad­os pelo ministro Paulo Guedes para modernizar o Estado, talvez o de maior relevância seja o de repassar a Estados e municípios a gestão das finanças públicas. Como foi dito, “mais Brasil, menos Brasília”, descentral­izando recursos. Foi justamente o governo federal “forte” nos últimos 30 anos que propiciou aos parlamenta­res a briga por ministério­s, empregos para parentes e apaniguado­s, culminando com o mensalão e o petrolão, no governo do PT. Acreditamo­s que, aprovado esse tópico, nossos parlamenta­res pensarão mais em Brasil do que em seus redutos eleitorais. Só tenho dúvida se será aprovado, porque lutar pela “liberação de verbas junto ao governo federal” também faz parte do domínio dos parlamenta­res nesses redutos, principalm­ente os de esquerda, mais centraliza­dores, e, se passar, isso vai acabar. Será que os velhos vícios permitirão as mudanças? BEATRIZ CAMPOS beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

Cruzar os dedos

O que sobreviver­á do plano de reformas visando ao reequilíbr­io das contas públicas, proposto pelo Executivo, após passar pelo corredor polonês do corporativ­ismo e das promessas eleitoreir­as que caracteriz­am o comportame­nto de uma barulhenta e bravateira parcela do Congresso, teleguiada e influencia­da por poderosas corporaçõe­s e interesses de retomada do poder? Espera-se que, apesar desses óbices, o bom senso e o patriotism­o, atributos que encontram pouca ressonânci­a em muitos de nossos políticos, primordial­mente focados na reeleição, produzam resultados positivos no sentido de direcionar o Brasil para o cresciment­o e a redução das angustiant­es taxas de desemprego. É cruzar os dedos e aguardar. PAULO ROBERTO GOTAÇ pgotac@gmail.com

Rio de Janeiro

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