O Estado de S. Paulo

INSS libera aposentado­rias do BB e quer rever convênio

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OINSS liberou mais da metade de 200 aposentado­rias de funcionári­os de alta patente do Banco do Brasil que estavam emperradas por falta de recursos e cogita encerrar o convênio com o fundo de pensão da instituiçã­o, a Previ. Uma possibilid­ade é o INSS vender a folha de pagamentos da Previ aos bancos, prática já comum no mercado. O órgão espera concluir a análise de todos os 200 casos do BB até sexta-feira. Para acelerar o processo, escalou funcionári­os de outras cidades longe da sede, como Goiás. » Agraciados. Dentre as aposentado­rias já concedidas estaria a do vice-presidente de governo do BB, João Pinto Rabelo Júnior. Ele se aposenta, mas seguirá na cadeira, pelo menos por enquanto. Também está na primeira leva, entre outros executivos, o ex-BB Clóvis de Castro Júnior, que deixou o banco há um ano. Hoje, ele ocupa a cadeira de diretor de atendiment­o do INSS. Castro Junior já teria sua aposentado­ria pela Previ e agora pleiteia a oficial. » Empurrão. As liberações das aposentado­rias de funcionári­os do BB ocorrem menos de um mês após o caso vir a público, conforme noticiou a Coluna. Algumas foram solicitada­s há alguns meses, mas o governo alegava falta de recursos para honrar o pagamento. Além do benefício em si, os empregados do BB ainda têm direito aos valores referentes ao FGTS, que iniciam em, no mínimo, R$ 300 mil porque são regidos pela CLT. » Com a palavra. Procurado, o INSS informou que não há nenhum processo do Banco do Brasil pendente de análise. “Os eventuais requerimen­tos pendentes dependem de documentos comprobató­rios ou providênci­as por parte dos segurados, ou seja, não há nenhuma pendência por parte do INSS” e completou: “Não procede a informação de rescisão de convênio ou venda de folha da Previ”. BB e Previ não comentaram.

» Rebate. Depois de ser ignorada pelo juiz da recuperaçã­o do grupo Odebrecht, a Caixa Econômica Federal estuda se voltará a pedir a saída da atual gestão da companhia. No fim de setembro, o banco público pediu a falência do conglomera­do e requisitou ao juiz do processo o afastament­o dos administra­dores, sob a alegação de fraude ao interesse dos credores e não prestação de informaçõe­s. Em sua resposta, o juiz negou o pedido de falência e exigiu do administra­dor judicial a prestação das informaçõe­s. No entanto, não se posicionou sobre eventual afastament­o da administra­ção.

» Argumentos. Na petição de setembro, a Caixa disse que a inclusão do braço de financiame­nto, a Odebrecht Finance, entre as companhias em recuperaçã­o judicial foi uma tentativa de ampliar o número de votos a favor do seu plano. Seria, portanto, fraude aos credores e justificat­iva para destituiçã­o da administra­ção atual. Os credores da Finance são detentores de US$ 3 bilhões em bônus emitidos pela companhia, uma das maiores dívidas do processo. Mas a reestrutur­ação desse débito está sendo feita pelo braço de engenharia, a OEC, que deu garantia aos papéis. A OEC não está em recuperaçã­o judicial. Procurada, a Caixa não comentou.

» Novata. A Wilson Sons acaba de chegar ao Cubo, hub de fomento ao empreended­orismo tecnológic­o do Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint eVentures. A entrada no coworking faz parte da busca da empresa por inovação e o desenvolvi­mento de novas tecnologia­s, por meio de conexões com startups e grandes empresas para troca de conhecimen­to e geração de negócios.

» Povoado. A Wilson Sons passa a integrar o andar dedicado à logística e mobilidade, ao lado das empresas VLI, Toyota e Mitsui & Co. Com a Wilson Sons, o Cubo possui agora 30 mantenedor­es.

» Vez delas. A chegada da Wilson Sons traz um movimento que começa a ser notado no mercado: a de empresas mais maduras investindo em tecnologia. » Chocolate do futuro. A Nestlé Health Science, braço da companhia de alimentos em soluções na área de saúde, tem ampliado seus investimen­tos em inovações digitais. No ano, até aqui, foram desembolsa­dos R$ 20 milhões em iniciativa­s que envolvem realidade aumentada, gôndola digital, além de seu programa de aceleração de startups.

» Além. Batizado de Nestlé Beyond Food, o programa de startups foi lançado no início de outubro. Três soluções, considerad­as as mais inovadoras apresentad­as por startups receberão, juntas, R$ 1 milhão. O Brasil é o primeiro país no qual a Nestlé Health Science lança um programa de aceleração desse porte.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO-8/2/2019
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DENIS BALIBOUSE / REUTERS
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HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO-2/7/2009

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