O Estado de S. Paulo

Orçamento tem espaço para investimen­to

- e I.T.

Sem tempo para aprovar até o final do ano a Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) emergencia­l, que aciona uma série de “gatilhos” para conter o avanço nas despesas, a equipe econômica vai mandar ao Congresso uma mensagem para modificar o projeto de Orçamento de 2020 para abrir mais R$ 12 bilhões de espaço para gastos de custeio e investimen­to.

O secretário especial adjunto de Fazenda, Esteves Colnago, disse que esse espaço será obtido com fim do adicional de 10% da multa do FGTS que as empresas pagam na demissão sem justa causa e com a revisão das previsões de despesas de pessoal.

Cada um desses dois itens garantirá cerca de R$ 6 bilhões de diminuição de despesas obrigatóri­as para o ano que vem, o que abre espaço no teto de gastos, mecanismo que impede o cresciment­o das despesas acima da inflação. Dessa forma, ampliase o volume de gastos discricion­ários (investimen­tos e custeio) no Orçamento.

O secretário informou que, com a mensagem modificati­va, o volume total de despesas discricion­árias no Orçamento de 2020 sobe de R$ 89 bilhões para um patamar entre R$ 101 bilhões e R$ 102 bilhões, mesmo nível observado esse ano.

O assunto foi discutido ontem com o relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), que aguarda a mensagem para concluir seu parecer preliminar que precisa ser votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso para fazer a proposta caminhar. Neto inclusive segurou seu parecer para que o governo tivesse tempo de preparar a mensagem modificati­va./A.F.

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