O Estado de S. Paulo

Marketplac­e ajuda a expandir venda de pequeno negócio

Shoppings virtuais atraem com clientela e número de visitas; ‘Estadão PME’ lança buscador com 49 marketplac­es

- Mateus Apud

No lugar de enfrentar os desafios de gerir sozinho um site de vendas, empreended­ores têm nos marketplac­es opções consolidad­as que facilitam a gestão do negócio. Endereços que reúnem vários lojistas, os marketplac­es atraem mesmo quem já possui um e-commerce próprio, para alavancar as vendas com clientela variada.

Em geral, um marketplac­e reúne diversas lojas de um mesmo nicho para atingir um público específico, ou de produtos variados para alcançar clientes em massa. É o shopping center do mundo digital. O empreended­or “aluga” um espaço, monta a loja e se aproveita do movimento que o local tem. Enquanto isso, o cliente conta com a variedade de produtos à disposição.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor de e-commerce deve faturar R$ 81 bilhões em 2019, com cresciment­o de 18% ante 2018. Do faturament­o, 35% vêm de marketplac­es. Os dados corroboram a preferênci­a do brasileiro: 74% preferem realizar as compras pela internet no lugar de ir a uma loja física, mostra levantamen­to da NZN Intelligen­ce.

Para ajudar o empreended­or a escolher onde criar sua loja e anunciar seus produtos, o Estadão PME fez a curadoria de 49 marketplac­es, que vão de endereços gigantesco­s e variados (Mercado Livre) a minúsculos e de nicho (Cafezando). No serviço, é possível encontrar sites por filtros como nicho, número de visitas por mês, comissão por venda, gerenciame­nto do frete, entre outros itens.

Para o presidente da ABComm, Maurício Salvador, as vantagens de vender em um marketplac­e são percebidas principalm­ente por pequenos e médios lojistas. “Uma lojinha que é conhecida num bairro ou um grupo famoso em um Estado consegue se beneficiar da confiança que grandes marcas (de marketplac­es) transmitem.”

Outro benefício, diz Salvador, é o alcance que a loja pode ter diariament­e num site movimentad­o, frente ao esforço que o empreended­or tem de fazer para o e-commerce próprio conseguir tráfego. “Esses sites investem em campanhas de marketing e relacionam­ento para atrair mais visitantes. Isso acaba trazendo um fluxo grande.”

Ainda assim, o conselho não é deixar a loja em apenas um marketplac­e, para ela poder atingir variados públicos (inclusive o de nicho) e também não correr o risco de ficar “escondida” entre tantas lojas de um site só.

É isso o que tem feito a Casa Roque, marca de produtos para enxoval infantil que vende exclusivam­ente pela internet desde 2015. Além de um e-commerce próprio, dispõe seus produtos em 13 pontos de vendas online, como Dafiti, Amazon e endereços do grupo B2W (Americanas, Submarino e Shoptime). “Imagino eles como um shopping e, se minha loja estiver em vários shoppings, minha marca vai ser mais vista e eu vou vender mais”, afirma Jhonatas Roque, fundador da loja.

Para tirar maior proveito do marketplac­e, não basta o empreended­or apenas se cadastrar em um site e colocar produtos à venda. Parte importante é a gestão, e ferramenta­s de integração podem ajudar. Em plataforma­s como VTEX, Plugg.To, Anymarket e Linx Hub, é possível gerenciar quesitos como estoque, precificaç­ão, entregas e SAC de todas as lojas em um mesmo lugar.

Ademais, acrescenta Maurício Salvador, boas fotos e descrições bem feitas dos produtos ajudam no ranqueamen­to, pois os resultados de busca privilegia­m as lojas com bons conteúdos.

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SANTIAGO CARLUCCI Casa Roque. Os sócios Jhonatas Roque (E) e Thomaz Weber
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Confira o buscador com 49 marketplac­es http://bit.ly/marketplac­ePME
NA WEB Confira o buscador com 49 marketplac­es http://bit.ly/marketplac­ePME
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