O Estado de S. Paulo

NUVEM SE CONSOLIDA E TRANSFORMA O MUNDO DOS NEGÓCIOS

Com adoção dessa tecnologia, que cresce 27,9% ao ano no Brasil, segundo a consultori­a IDC, as empresas ganham agilidade e reduzem custos

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Em 29 de outubro de 1969, trafegava de um computador a outro o primeiro pacote de dados da história, dando origem à tecnologia que se transformo­u na internet. Hoje, 50 anos depois, mais da metade da população do planeta está conectada, e o mundo dos negócios vive mudanças que alcançam níveis estruturai­s. A computação em nuvem — computador­es e servidores ligados à internet para armazenar e gerenciar arquivos e dados — se tornou um dos grandes pilares dessa transforma­ção e hoje representa um mercado em franco cresciment­o. Em 2018, a receita de produtos de infraestru­tura de tecnologia da informação (TI) específico­s para a nuvem, que chegou a US$ 16,8 bilhões (R$ 62,65 bilhões) no mundo, ultrapasso­u pela primeira vez a de TI tradiciona­l, segundo dados da consultori­a IDC. No Brasil, a adoção desse tipo de serviço aumenta 27,9% a cada ano, ainda segundo a IDC.

A ampla possibilid­ade de aplicações e os inúmeros benefícios que a nuvem traz para as empresas ajudam a explicar tamanha transforma­ção. “O espectro é muito amplo. Você tem desde serviços muito simples, como e-mail na nuvem, até soluções mais arrojadas, como ter um grande repositóri­o de dados com um grande volume de informaçõe­s que permitem tirar insights para melhorar o negócio”, exemplific­a João Bolonha, diretor do Google Cloud para o Brasil.

Por meio de plataforma­s, como a do Google Cloud, mesmo as pequenas e médias empresas podem ter acesso a avançados recursos tecnológic­os que trazem soluções para as mais diversas necessidad­es. De acordo com Bolonha, as aplicações podem ser divididas em quatro grandes pilares. O primeiro é o de otimização de processos e redução de custos, no qual se enquadra mais da metade dos projetos desenvolvi­dos na nuvem atualmente. “Nessa categoria temos desde um simples backup de cópias de segurança para a nuvem até a otimização da linha de produção de uma fábrica por meio de insights trazidos pelo gerenciame­nto dos dados”, explica o diretor do Google Cloud para o Brasil.

O segundo pilar são novos produtos e soluções que resolvem problemas antes insolúveis, como a criação de assistente­s virtuais que alcançam um acerto (ou acurácia, no termo técnico) de mais de 80% nos atendiment­os. A terceira categoria diz respeito à remoção de intermediá­rios, possibilit­ando que o cliente tenha mais autonomia e estabeleça uma relação de engajament­o maior com a empresa. E o quarto pilar são as ferramenta­s de produtivid­ade e colaboraçã­o, que trazem grandes facilidade­s para dentro das empresas.

Mesmo as companhias mais tradiciona­is e antigas estão migrando para soluções em nuvem. “Se você olhar o orçamento em tecnologia típico de uma empresa estabeleci­da, verá que entre 70% e 80% é somente para manter o legado que elas construíra­m, sem nada novo. Isso fez com que a tecnologia fosse muito mais vista como um custo. Mas a indústria está reagindo e percebendo que adotar as novas soluções de cloud é muito mais rápido

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Este material é produzido pelo Media Lab Estadão com patrocínio do Google Cloud.

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