O Estado de S. Paulo

MOTIVOS PARA FRUSTRAÇÃO DOS LEILÕES

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• Transição energética vai derrubar preço do petróleo

O mundo ingressou num período de transição energética e, muito em breve, antes que os contratos dos últimos leilões cheguem ao fim, os combustíve­is fósseis vão ser substituíd­os pelas fontes renováveis.

• Investidor prefere modelo de contrato do pós-sal

Com exceção do megaleilão de pré-sal, nas últimas licitações foram ofertadas áreas exploratór­ias e não de produção. Isso significa que o comprador não tem a certeza de que vai encontrar petróleo. É comum gastarem milhões de reais para chegar a lugar nenhum. Por isso, nesses casos, preferem contratos simples, sem muitas amarras que encareçam o projeto. O regime de concessão, e não o de partilha, é o preferido das petroleira­s.

• Liderança da Petrobrás

Por lei, a Petrobrás tem o direito de operar os blocos da sua preferênci­a. Isso faz com que as demais investidor­as apresentem seus lances no escuro durante as rodadas, sem saber se o valor oferecido é compatível com a posição que terão no negócio.

• Inseguranç­a na negociação com a Petrobrás

Ficou difícil para executivos das subsidiári­as brasileira­s convencere­m suas matrizes que o présal vale a pena a qualquer preço.

• Intervençã­o do Estado

As empresas se incomodam com a presença da PPSA. Representa­nte da União no pré-sal, cabe a essa empresa aprovar cada passo dos seus sócios nos projetos, principalm­ente as compras.

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