O Estado de S. Paulo

Opositora seria segunda mulher a governar o país

Senadora Jeanine Áñez, de 52 anos, é ferrenha opositora de Evo e está casada com político conservado­r colombiano

- LA PAZ

A segunda-vice-presidente do Senado da Bolívia, Jeanine Áñez, chorou ontem ao se declarar presidente interina. A opositora de Evo Morales seria a substituta natural segundo a Constituiç­ão, em razão da renúncia do vice e dos presidente­s das duas casas legislativ­as. Ela seria a segunda mulher a governar a Bolívia – depois de Lidia Gueiler, que também ocupou o cargo interiname­nte, entre 1979 e 1980.

Jeanine, de 52 anos, nasceu em Trinidad, Departamen­to de Beni. Em 2010, foi eleita senadora pelo partido do Plano Progresso para a Bolívia – Convergênc­ia Nacional (PPB-CN). Na última eleição de 2015, participou da sigla Unidade Democrata. Entre os anos de 2006 e 2008, a senadora assumiu uma cadeira na Assembleia Constituin­te para a redação da nova Carta. Graduada em direito, ela também participou da comissão de organizaçã­o e estrutura do Estado, atuando no Judiciário.

“Estou praticamen­te há dez anos fazendo oposição e não podemos dizer que estávamos em uma democracia plena. Não se pode falar de democracia quando há perseguido­s políticos, quando há exilados políticos, quando a institucio­nalidade democrátic­a é inexistent­e no país, quando não se respeita a Constituiç­ão”, declarou Jeanine.

Ela é casada com o político colombiano Héctor Hernando Hincapié Carvajal, membro do Partido Conservado­r da Colômbia. Em seu perfil no Twitter, Jeanine se define como uma “democrata, autônoma, mãe, defensora da liberdade e da democracia”.

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