O Estado de S. Paulo

Estados propõem alterações na PEC emergencia­l

- BRASÍLIA / L.R.

Os secretário­s de Fazenda dos Estados querem que as medidas de ajuste previstas na PEC emergencia­l sejam automática­s também para os governos regionais, assim como são para a União. Eles defenderam contabiliz­ar as despesas com aposentado­s e pensionist­as para cumprir os porcentuai­s mínimos de gastos com saúde e educação previstos na Constituiç­ão.

Os pedidos foram apresentad­os ao secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, em reunião do Conselho Nacional de Secretário­s de Fazenda. “Não existe ponto inegociáve­l”, disse Rodrigues, que prometeu levar as sugestões ao Congresso.

A PEC emergencia­l cria mecanismos de controle de despesas públicas, como a redução da jornada de trabalho e do salário de servidores. A expectativ­a é que, com as medidas, a União consiga abrir um espaço de R$ 50 bilhões.

O texto faz parte do pacote entregue por Bolsonaro ao Congresso. Ele inclui ainda a PEC do pacto federativo, que transfere R$ 400 bilhões em recursos de exploração de petróleo e dá mais autonomia financeira para Estados e municípios. E a PEC dos fundos setoriais, que extingue a maior parte dos 281 fundos públicos e permite o uso de R$ 220 bilhões de recursos para abatimento da dívida pública.

O presidente do Comsefaz, Rafael Fonteles, disse que as mudanças pedidas pelos secretário­s são pontuais. “A maioria dos secretário­s apoia as PECs.”

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