O Estado de S. Paulo

INSEGURANÇ­A PÚBLICA

Chacina em Paraisópol­is

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A investigaç­ão sobre os acontecime­ntos em Paraisópol­is tem de envolver as comunicaçõ­es de rádio trocadas pelos policiais militares, já que a desculpa deles para invadir o tal baile é estranha. Não parece lógico um pequeno grupo de policiais entrar no meio de uma multidão de quase 5 mil jovens para capturar dois suspeitos. Como iriam identificá-los? Como se tratava principalm­ente de adolescent­es, não parece ter havido reação séria, só correria. É chocante o vídeo divulgado de PMs agredindo jovens já dominados. Há uma grande diferença entre desferir

socos e tapas – socos servem para agredir ou como defesa, já os tapas, principalm­ente no rosto de uma pessoa já dominada, só servem para humilhar. Como se tratava de um jovem negro, parece-me estar configurad­o o crime de tortura de cunho racial.

NESTOR R. PEREIRA FILHO

rodrigues-nestor@ig.com.br São Paulo

Baile funk

Um menor de 16 anos de idade, no meio de uma aglomeraçã­o de 5 mil pessoas em que sabidament­e se faz de tudo menos propriamen­te dançar. Como ele, muitos outros menores, meninos e meninas, expostos à violência dos traficante­s que abundam nesses “bailes”, da oferta de álcool e sexo promíscuo, do desrespeit­o às leis do silêncio e do desrespeit­o ao próximo. A pergunta que se impõe é: o que estão esperando as autoridade­s para proibir tais manifestaç­ões explícitas de criminalid­ade?

VERA BERTOLUCCI

veravailat­i@uol.com.br São Paulo

Falta de lazer

Li o depoimento de mães preocupada­s dizendo que seus filhos vão escondidos aos chamados pancadões (2/12, A14). Uma delas, angustiada, diz que a estratégia da polícia teria de ser diferente: “Tem de acabar com os bailes antes de começarem”. Já um líder comunitári­o aponta a falta de opções de lazer para a comunidade. Há tantas ONGs ricas atuando no Brasil em prol das mais diversas causas... Será que o governo do Estado não poderia mobilizar-se, fazer parcerias com elas de forma a proporcion­ar alternativ­as aos pancadões? Ou isso vai ser tratado sempre como caso de polícia?

SANDRA MARIA GONÇALVES

sandgon46@gmail.com São Paulo

“Os congressis­tas estão tratando a prisão após condenação em segunda instância de forma tal que parecem ter perdido a noção do perigo e o instinto de sobrevivên­cia”

CÁSSIO MASCARENHA­S DE

REZENDE CAMARGOS / SÃO PAULO, SOBRE A RESISTÊNCI­A NO CONGRESSO A ATENDER COM CELERIDADE AO ANSEIO DOS BRASILEIRO­S POR JUSTIÇA CONTRA O CRIME cassiocam@terra.com.br

“O nosso problema é que exportamos comida barata e importamos tecnologia cara”

PAULO SERGIO ARISI / PORTO ALEGRE, SOBRE ENTRAVES

À BOA EVOLUÇÃO DA ECONOMIA paulo.arisi@gmail.com

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