O Estado de S. Paulo

Reino desunido Selic a 4,5%

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A vitória do primeiro-ministro Boris Johnson na eleição de quinta-feira, 12, levará o Reino Unido ao Brexit em 31 de janeiro de 2020. Nos próximos anos a saída da União Europeia provocará a exacerbaçã­o dos discursos de movimentos nacionalis­tas. A Escócia defenderá um segundo referendo de independên­cia – em 2014 a proposta original foi derrotada por 55% a 45%. A Irlanda do Norte poderá optar por unir-se à República da Irlanda, criada em 1922, com o intuito de voltar a ser um único país durante a celebração do centenário, em 2022. No País de Gales, os nacionalis­tas reivindica­m a autonomia perdida no longínquo ano de 1282. A rainha Elizabeth II pode ser a última soberana do Reino Unido. LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. lrcostajr@uol.com.br Campinas

Se o ex-presidente Michel Temer, durante seu mandato-tampão, conseguiu reduzir em boa hora a taxa Selic de 14,25% para 6,5%, agora o atual governo, com quatro cortes consecutiv­os, reduziu-a a inimagináv­eis 4,5%. O que certamente vai ajudar a reduzir ainda mais o custo de manutenção da dívida pública e alavancar a nossa economia, com possível redução também dos juros para empresas e consumidor final. O Brasil, que até há pouco tempo mantinha juros dos mais elevados do mundo, agora, descontada a inflação (bem domada), apresenta juros reais de 0,64%. Lógico que a queda da Selic ajuda, mas sozinha não resolve os nossos graves problemas. Precisamos de mais reformas para consolidar uma economia próspera e sustentáve­l, com mais investimen­tos, empregos de qualidade, distribuiç­ão de renda e benefícios sociais.

PAULO PANOSSIAN

paulopanos­sian@hotmail.com São Carlos

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