‘M&Ms’ encerram 2019 fechados com o governo
Ao final deste primeiro ano de mandato, Jair Bolsonaro conseguiu aplicar uma massa corrida nas rachaduras surgidas em dois dos principais pilares de seu governo: os “M&Ms” (militares e mercado). No grupo dos fardados ainda restam arestas a aparar, mas a sensação é de que o pior já passou e a relação caminha para um ponto de equilíbrio, após desilusões dos dois lados. No mercado, reina a percepção de um Paulo Guedes muito independente, altivo, em um governo reformista e bastante favorável à criação de um ambiente legal para negócios.
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A aprovação da previdência dos militares era a prioridade zero para melhorar a relação do presidente com os generais após a demissão de Santos Cruz do Planalto. Em sentido contrário, porém, a reestruturação das carreiras criou insatisfações na base.
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Conforme relato de um general, “as expectativas foram se adequando à realidade” no trato diário entre os militares e o presidente.
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As arestas a serem aparadas na relação Bolsonaro-militares atendem por Abraham Weintraub, Argentina e filhos do presidente. Os fardados querem a demissão do ministro, a distensão das relações com os hermanos e o freio de mão dos “meninos” puxado.
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Ao saber que o TCU poderia aprovar uma inspeção para apurar se Estados nordestinos foram discriminados pela Caixa, o presidente do banco, Pedro Guimarães, sugeriu a seus comandados atuar para evitar a investigação.
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Segundo relatos, Guimarães disse que a contenção dos empréstimos ao Nordeste, região de maior resistência ao bolsonarismo, foi feita para “agradar ao chefe (Bolsonaro) do meu chefe (Guedes)”.
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A Caixa afirma que a inspeção faz parte da rotina de trabalho do órgão de controle após o recebimento de uma denúncia.
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A AGU quintuplicou o número de acordos fechados neste ano (16 mil) em relação a 2018. O órgão economizou R$ 2 bilhões com descontos nos valores devidos e redução de custos das ações.
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O grupo Muda Senado não participou do jantar de confraternização oferecido pelo presidente Davi Alcolumbre. O encontro foi realizado na residência oficial do Senado e a ausência foi vista como um boicote por quem esteve lá.
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Um dos expoentes do grupo, Álvaro Dias disse à Coluna que ele e outros cinco senadores faltaram ao jantar porque acompanhavam no TSE o julgamento que cassou o mandato da senadora Selma Arruda. O senador negou que tenha havido um boicote ao evento de Alcolumbre.
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A projeção de Simone Tebet (MS) no Senado foi interpretada por colegas dela como um sinal de que suas ambições futuras não incluem mais o sonho de comandar a Casa.
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Com movimentos arrojados, Simone ganhou visibilidade nacional e se cacifou para voos eleitorais mais altos. Criou, porém, um certo desgaste com colegas que não gostaram da forma como ela conduziu a delicada pauta da prisão após segunda instância na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). »
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