‘Me ajudou a conseguir a vaga e a bolsa’
Minha ideia era estudar Economia, mas pensava em fazer faculdade em São Paulo mesmo. Após uma experiência internacional no ensino médio, aos 16 anos decidi que tentaria fazer faculdade fora. Nesse período aprendi como funcionava o sistema de ensino americano, conheci professores e lugares incríveis e ainda fiquei sabendo que várias instituições oferecem bolsas. Como venho de família bem humilde, precisaria de uma.
Eu me candidatei em 10 instituições americanas; fui chamado em 9. Escolhi a Dartmouth (universidade no Estado de New Hampshire), que faz parte da Ivy League (grupo de oito instituições de ensino superior de elite dos EUA), onde comecei a estudar em setembro de 2016. Para passar pelos processos seletivos, tirei um ano sabático depois do ensino médio, para me dedicar só a eles.
Em nenhuma das instituições o Enem era obrigatório, ou eliminava a necessidade de outra prova. Mas o comitê de seleção da Dartmouth me perguntou se eu tinha feito outro teste padronizado além do SAT (o “Enem americano”) e depois pediu para ver como fui. Como tive bom desempenho, enviei meus resultados.
Minha nota na redação foi 980 (em mil), e mostrei o gráfico do Inep (órgão que faz o Enem), que me colocava entre os 0,3% melhores do País. Foi algo que impressionou bastante e me ajudou a ter a vaga e a bolsa. Por isso, sempre aconselho quem foi bem no Enem a enviar a nota, ainda que não seja pedido ou obrigatório.
E a ideia de estudar fora traz uma aura de glamour, encanta. Mas no dia a dia tem muito estresse, os alunos são competitivos. Não à toa o renome que as instituições têm: são de fato exigentes./L.A.