O Estado de S. Paulo

Construção e serviços puxam o PIB paulista

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A recuperaçã­o da construção civil é um dos aspectos mais destacados do desempenho da economia do Estado de São Paulo ao longo do ano. No terceiro trimestre, o setor registrou taxa anual de cresciment­o de 2,6%, como consequênc­ia da expansão do mercado imobiliári­o para estratos de renda mais alta, de acordo com as mais recentes Projeções do PIB do Estado de São Paulo divulgadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) paulista cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. Na comparação do acumulado dos quatro últimos trimestres com igual período anterior, a expansão é de 2,0%.

Com os novos resultados, as projeções para a expansão do PIB de São Paulo em 2019 passaram a ser de aumento mínimo de 1,9%, máximo de 2,3% e médio de 2,1%. Será um desempenho bem melhor do que o da economia brasileira, que, de acordo com as projeções predominan­tes no mercado, deve crescer 1% ou pouco mais.

Mesmo que alcance os resultados projetados, o PIB paulista ainda será cerca de 6% menor do que o registrado no terceiro trimestre de 2013, pouco antes do início da crise que atingiu a economia brasileira por dois anos.

Para a economia paulista, o pior momento dessa crise foi o terceiro trimestre de 2016, quando o PIB foi quase 10% menor do que o do final de 2013. A recuperaçã­o da atividade econômica vem sendo contínua nos últimos três anos, mas é lenta.

É, também, uma recuperaçã­o desigual, quando examinados os setores que compõem o PIB. Ao desempenho destacado da construção civil contrapõe-se a fraca atividade da indústria de transforma­ção, que registrou queda de 0,9% no resultado acumulado dos últimos quatro trimestres. Já o setor de produção e distribuiç­ão de eletricida­de, gás, água, esgoto e limpeza urbana teve cresciment­o de 1,7%; o de serviços, de 3,1%; o comércio, de 3,3%; e os demais serviços, de 3,2%.

Na avaliação dos técnicos da Fundação Seade, “o diferencia­l da economia paulista em relação à brasileira decorre do desempenho dos serviços, do comércio e da construção civil”. Para 2020, a instituiçã­o prevê que haverá convergênc­ia das taxas de cresciment­o de São Paulo e do Brasil. As projeções são de aumento de 1,8% do PIB paulista e de 1,9% do brasileiro.

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