O Estado de S. Paulo

Instituiçõ­es brecam agenda conservado­ra

- ALBERTO BOMBIG TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.

Apesar de ter vocalizado posições radicais no campo dos costumes e da cultura, Jair Bolsonaro não conseguiu fazer avançar neste primeiro ano de mandato pontos caros à agenda ultraconse­rvadora nacional. Do ensino domiciliar à flexibiliz­ação total do porte de armas, passando pelo excludente de ilicitude, as pautas bolsonaris­tas foram barradas ou desidratad­as pelo Congresso ou outras instituiçõ­es. Sem falar no projeto da escola sem partido e na tese da redução da maioridade penal, que nem sequer chegaram a ser levadas a sério pelo Legislativ­o.

» Prioridade. Todos esses temas constaram da campanha a presidente de Jair Bolsonaro em 2018. Somente no caso das armas o presidente, via decretos, se mostrou mais ativo em 2019.

» Ainda pulsa. Bolsonaro e seu entorno, porém, avaliam que o ano foi importante para “despetizar” a máquina: o terreno está aplainado para a agenda ultraconse­rvadora avançar.

» Me ajuda aí. Em rede social ontem, Bolsonaro saudou o aumento de 50% no registro de armas de fogo este ano, levando-se em conta o mesmo período de 2018. “Dependo do Parlamento para ampliar o direito a posse/porte para mais cidadãos”, afirmou ele.

» Deu jogo. O ativismo governamen­tal foi efetivo na cultura, nas relações internacio­nais e na educação, pelas mãos de ministros alinhados com o Planalto: Roberto Alvim, Ernesto Araújo e Abraham Weintraub, respectiva­mente.

» Bem na fita. Quem termina o ano em alta na Esplanada é Damares Alves. O ministério comandado por ela (Mulher, Família e Direitos Humanos) está bem posicionad­o para a partir de 2020 incorporar programas, como a nova versão do Bolsa Família, e pastas.

» Será? Por conta do prestígio de Damares no Planalto, é dado como certo que na volta do recesso do Congresso, a partir de fevereiro, será instalada a comissão para analisar o projeto de lei do homeschool­ing.

» Devagar. A maioria no Congresso abraçou a pauta econômica de Bolsonaro, diz experiente parlamenta­r, mas tem reservas quanto à agenda de costumes.

» Enfim... Após ter passado dois anos procurando uma “marca” para sua administra­ção na capital paulista, Bruno Covas (PSDB) parece ter encontrado um caminho que o diferencia dos antecessor­es: os programas na área da educação.

» ...achou. O prefeito vai apostar em avanços nessa área para se diferencia­r de Fernando Haddad (PT).

» Personagen­s... Um dos mais fiéis aliados do Planalto, Davi Alcolumbre (DEMAP) termina o ano em alta com Jair Bolsonaro, principalm­ente por ter matado no peito a pressão pela CPI da Lava Toga.

» .... de 2019. O presidente do Senado se empenhou para emplacar Eduardo Bolsonaro embaixador em Washington (EUA). Mas, após ter articulado e feito muitas contas, chegou à conclusão de que não dava.

» Correção. Por um descuido de digitação, a Coluna errou o período de campo da pesquisa da Quaest publicada na edição de ontem neste espaço. A consulta foi feita foi entre 26 e 27 de dezembro, e não entre 26 e “7” de dezembro.

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COLUNA DO ESTADÃO » CLICK. O ministro Og Fernandes, do STJ, fez uma enquete em sua conta no Twitter sobre o juiz de garantias. A maioria esmagadora disse ser contra a medida: 68%.

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